A Polícia Federal deflagrou a operação “Endrômina”, na manhã desta quarta-feira (20), em busca de criminosos, que deram um golpe de R$ 140 mil na Caixa Econômica Federal em Divinópolis, usando o nome do Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD).
A operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em residências nos municípios de Jurema/PE, São Bernardo do Campo e Osasco/SP. O objetivo da Polícia Federal foi desarticular a quadrilha especializada em fraudes bancárias.
Um dos crimes foi registrado no município de Divinópolis no mês de janeiro de 2023. Para a TV Alterosa-Centro Oeste, o delegado Gustavo Paolinelli, explicou que os criminosos fazem o primeiro contato por telefone, com o gerente do banco, e a partir de dados que só a vítima poderia ter, eles que são estelionatários, acabam enganando o gerente, que acaba fazendo os depósitos.
A estelionatária usou o nome do Complexo de Saúde São João de Deus, para dá o golpe na Caixa Econômica Federal, e receber R$ 140 mil, por meio de transferências bancárias. Logo após as transferências, o gerente desconfiou. Ele acionou a Polícia que iniciou a investigação.
O delegado ainda disse que já identificou os destinatários e os beneficiários sem cruzamento com qualquer funcionário da Caixa. As mesmas contas dos acusados foram usadas para dá golpes em vários estados. Até o momento ninguém que aplicou esse golpe foi preso. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de furto qualificado e de associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a até 11 anos de reclusão e multa.
Veja nota na íntegra do Complexo de Saúde São João de Deus:
“Atendendo a solicitação de nota da Rádio Minas sobre a fraude bancária, o Complexo de Saúde São João de Deus – CSSJD vem informar que tal fato ocorreu em 18 de janeiro de 2023, data esta em que a instituição lavrou boletim de ocorrência de nº 2023-002814683-001.
Importante destacar desde já, que o golpe foi aplicado pelos meliantes à uma das instituições financeiras que nos atende, sendo o CSSJD a vítima, uma vez que os protocolos de segurança do banco não foram cumpridos em sua totalidade pela entidade bancária, sendo que, para retirada de qualquer valor das contas vinculadas ao hospital, são necessárias assinaturas concomitantes de dois diretores do Complexo de Saúde, e somente os computadores cadastrados, liberados e autorizados pelo banco podem fazer transações bancárias, fato este que não ocorreu.
A ação se deu por uma ligação telefônica para a agência bancária quando o meliante se passou pela então Diretora Presidente da Instituição. Na ocasião um dos assistentes do banco, que sequer havia tido qualquer contato com a Diretora, atendeu a ligação e liberou a ação, sem observância dos processos de segurança da própria agência bancária, o que culminou no êxito do golpe aplicado à instituição bancária. Tal fato foi identificado pela própria agência que reuniu emergencialmente com os Diretores do Complexo de Saúde e informaram sobre o golpe, que subtraiu um montante aproximado de R$ 140 mil reais de seis contas do Hospital.
Todos os valores debitados das contas no dia 18 foram estornados à sua origem no dia 25 de março de 2023, pelo próprio banco (extratos permanecem disponíveis para consulta), instituição esta que denunciou o golpe à Polícia Federal, que por sua vez deflagrou, no dia 10 de outubro de 2023 (segundo informações do site do Ministério da Justiça e Segurança Pública – https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2023/10/pf-deflagra-operacao-contra-fraudes-bancarias), a Operação BANK SLIP visando desarticular Organização Criminosa que vinha praticando fraudes bancárias eletrônicas.
A operação internacional faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e instituições bancárias para o combate às fraudes bancárias eletrônicas. Por fim, destacamos que, apesar da instituição possuir mais de 100 contas por trabalhar com contas de valores públicos vinculados, apenas as seis contas foram afetadas, todas pelo não cumprimento do processo de segurança do banco, que não exigiu as duas assinaturas obrigatórias de seus Diretores à época. Nos colocamos à disposição para mais esclarecimentos”.
Sobre a operação:
A operação Endrômina é mais uma fase da Operação “Não Seja Um Laranja da Força-Tarefa Tentáculos” que tem como um dos principais pilares a cooperação com a Federação Brasileira de Bancos – Febraban e instituições bancárias associadas no combate às fraudes bancárias eletrônicas.
