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Exposição fotográfica discute representação de travestis e mulheres trans

Tem início nesta quinta-feira (28/02), a partir das 19h, no Auditório da Faculdade Pitágoras Divinópolis, uma exposição fotográfica de travestis e mulheres trans divinopolitanas chamada Caleidoscópio. O projeto é fruto de uma parceria dos cursos de Psicologia, Jornalismo e Publicidade e Propaganda. A exposição é resultado de uma iniciativa de professores destes cursos da Faculdade Pitágoras, no intuito de levantar discussões a respeito da transexualidade em Divinópolis e dar visibilidade a este público marginalizado pela sociedade. O ensaio fotográfico foi realizado com essas mulheres ao longo de dois anos, em virtude de conciliação de agendas.

Um dos intuitos da exposição é levantar um debate a respeito da imagem das travestis e mulheres trans na sociedade divinopolitana. Segundo o coordenador dos cursos de Comunicação (Jornalismo e Publicidade e Propaganda) e professor de Fotografia, Douglas Fernandes, as fotos buscaram retratar o feminino nestas mulheres, sem grandes intervenções. “Como profissional e acadêmico vejo que hoje há tanta edição nas fotos de beleza feminina que, em alguns pontos, nem se reconhece quem está sendo fotografada. A ideia deste ensaio foi justamente o oposto: deixar que elas mesmo se produzissem, sem muita direção ou intervenção, tanto no momento da foto quanto na pós-edição”.

A exposição busca levantar questionamentos a respeito da representação destas mullheres na mídia e na sociedade de uma forma geral. Quase sempre quando se pensa a respeito da transexualidade, as pessoas remetem à questão da prostituição. E, segundo o psicólogo e professor Leonel Cardoso, o intuito do trabalho é o oposto disso: “Procuramos retratar mulheres que não estão ligadas a trabalhos de prostituição. O interesse é justamente em compreender como é ser travesti e transexual em Divinópolis, criando narrativas, por meio das fotos, sobre a transexualidade.”

As fotos sugerem um debate mais abrangente a respeito da realidade destas mulheres, na procura por uma representação mais justa e condizente. De acordo com Douglas Fernandes, a intenção neste primeiro momento foi retratar este grupo, mas oportunamente outros grupos marginalizados, por uma série de fatores, também poderão ser debatidos e retratados, em uma oportunidade de dar voz a quem não tem.