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Artistas do Palco MP3 passam a ser remunerados após acordo com Ecad

Artistas

Maior site de divulgação de músicas independentes do Brasil começa a pagar direitos autorais, incluindo valores retroativos desde 2018, além de ofertar vários serviços novos, como produção musical e impulsionamento de divulgação 

Prestes a completar duas décadas de história no ano que vem, o Palco MP3, uma das maiores plataformas digitais de apoio e divulgação da música independente no Brasil, fecha com o Ecad — Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. A partir de agora, os milhares de músicos e bandas cadastrados na plataforma irão receber periodicamente os valores de direitos autorais referentes à execução pública de suas músicas, que podem ser ouvidas e baixadas de graça no site e no aplicativo. Além de contar com ampla divulgação para seus trabalhos de forma gratuita, incluindo a publicação de músicas, playlists e páginas personalizadas, os artistas também poderão aproveitar uma série de outros serviços, ofertados a preços acessíveis, que visam a profissionalização das carreiras. Estes vão desde a produção de músicas, passando pela criação de artes visuais e audiovisuais até ações específicas de impulsionamento de divulgação nas mídias sociais.

Com mais de 137 mil artistas cadastrados atualmente, o Palco MP3 reúne 1,5 milhões de músicas de artistas de todo o Brasil, somando 3 milhões de usuários mensais. A plataforma atrai um público diverso, em busca de conhecer o talento de uma gama de artistas distribuídos em mais de 60 estilos musicais — do pagode ao rock, da música clássica ao reggae. Em quase vinte anos, a plataforma ajudou a projetar carreiras de sucessos, como a de Marília Mendonça, Gustavo Mioto e Barões da Pisadinha.

A partir do acordo firmado com o Ecad, todas as músicas consumidas por streaming na plataforma agora receberão valores proporcionais à quantidade de plays, com base no cálculo de recebimento de direitos autorais do Ecad. O diretor de projetos do Palco MP3, Luiz Otávio Ferreira, considera a parceria uma conquista para a música independente brasileira. Diante de uma perspectiva de impulsionar a profissionalização e o reconhecimento de carreiras, a plataforma permite estreitar o contato de artistas com profissionais e instituições de difusão da música. 

“Esse contrato é de grande importância para o Palco MP3 e para os artistas de maneira geral. Ele significa que agora nós pagamos aos artistas pela execução de suas músicas em nosso portal. Essa atitude nos permite valorizar ainda mais o trabalho de quem está se profissionalizando e vivendo da música no Brasil. Em toda nossa trajetória, sempre buscamos estar ao lado de quem faz música dando uma grande visibilidade. Atualmente, estamos trabalhando em diversas iniciativas que vão além da distribuição”, diz Luiz Otávio.

O Palco MP3 vai realizar pagamentos retroativos desde 2018. Ou seja, além de receber os futuros repasses, os artistas ainda terão direito aos valores acumulados dos últimos cinco anos. Os novos repasses serão feitos a cada três meses, de acordo com o cronograma de pagamentos do Ecad, órgão responsável pela cobrança de direitos autorais e atuante sempre que há utilização de músicas em espaços públicos, como casas de shows e festas, televisão, rádio, cinema, plataformas digitais, hotéis, entre outros locais de frequência pública e coletiva. 

“O Palco MP3 faz a contabilização de plays e de receita mensalmente e efetua o pagamento do valor correspondente ao ECAD. Este fica responsável por fazer a redistribuição do dinheiro para distribuidoras, gravadoras, selos e artistas. Basicamente, acertamos que um percentual da nossa receita mensal gerada com publicidade é pago ao Ecad para que ele possa distribuir os valores aos artistas conforme a performance de cada um deles no Palco MP3”, complementa Luiz Otávio.

Para receber os valores referentes às execuções públicas, é necessário que o artista tenha suas músicas publicadas no Palco MP3 e seja filiado a alguma das sete associações autorizadas a receber os valores do Ecad — Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro ou UBC. Nesse processo, a equipe do Palco MP3 vai oferecer orientação profissional e materiais didáticos sobre todos os trâmites, para eliminar dúvidas e facilitar burocracias para o recebimento dos valores. 

“Não temos a intenção de ‘apenas’ pagar pela execução pública. Entendemos que os artistas precisam saber como é o processo e o que deve ser feito para que o dinheiro chegue até eles. Por isso, temos em nosso planejamento diversas ações e conteúdos educativos que visam elucidar todas as etapas e ajudar para que um número cada vez maior de artistas possa receber”, explica Luiz Otávio, ressaltando que o site traz um texto completo e um e-book para ajudar o artista a entender melhor todo o processo. 

Profissionalize se com MP3

O acordo do Palco MP3 com o Ecad vem embalado por uma série de novidades ofertadas pela plataforma em 2022, pensadas para amplificar os lançamentos de artistas independentes, preparando-os cada vez mais para o mercado e suas especificidades contemporâneas. Entre os serviços pagos, todos a preços acessíveis, direcionados para artistas que estão iniciando a carreira, o Palco MP3 passou a oferecer produção musical online, criação de artes de capas para singles, gestão de lançamentos para mídias sociais, produção de lyric vídeos e EPK’s. Confira os pacotes de serviços completos e seus respectivos valores neste link.

“Além de parcerias com cursos e palestrantes que integram o projeto Palco Ensina, oferecemos serviços diversos, como a produção musical. É algo muito inovador. Ele acontece de forma totalmente remota e o artista, com o envio de uma demo de voz e violão gravada no seu celular, tem condições de ter a sua música produzida em qualidade profissional, num preço muito mais acessível do que o aluguel de horas de estúdio. Temos também pacotes para turbinar a divulgação com inclusões em mais playlists, divulgação em nossas redes sociais, produção de lives e várias outras oportunidades”, avalia Luiz Otávio