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Um novo Galo, em poucos dias de Milito, é Penta Mineiro

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O Atlético precisava da vitória para garantir o título de campeão mineiro de 2024. Não só conseguiu, como ainda foi de virada, por 3 a 1, com personagens pouco prováveis sendo protagonistas. O Galo que, por vezes, ao longo do Estadual deixou o favoritismo ser questionado com tropeços, deu a volta por cima com novo técnico e conquistou o pentacampeonato. Resiliência de um time e diretoria que se reinventaram e, agora, comemoram.

No terceiro jogo de Milito no comando do Galo, a terceira escalação diferente. O treinador argentino surpreendeu. Voltou a ter dois zagueiros (Jemerson e Bruno Fuchs) e mudança total no meio de campo: Otávio, Battaglia e Alan Franco. Na frente, a dupla de sempre: Paulinho e Hulk.

No primeiro tempo, um jogo em que o Galo teve duas grandes chances, uma com Paulinho cara a cara com Rafael Cabral, mais uma que o atacante mandou para fora. E com Hulk, que foi desarmado na hora da finalização.

Na etapa final, protagonistas incomuns. Milito esteve durante todo o jogo agitado na área técnica. Ao lado do banco, foram muitas as vezes em que o treinador recorreria ao confidente e braço direito: Leandro Ávila. Com uma prancheta na mão, os dois conversam, conversam e conversam. Juntos, pareciam bolar um plano para a vitória. E o professor tinha.

Não foi diferente quando o Cruzeiro abriu o placar. Imediatamente, Milito se abaixou no banco de reservas e junto do auxiliar conversaram por alguns minutos. Jogadores já estavam no aquecimento.

Treze (número místico para os atleticanos) minutos depois de sofrer o gol, o Galo empatou. Linda enfiada de bola de Otávio para Saravia aparecer como elemento surpresa dentro da área e cabecear de costas, tirando do goleiro.

Milito ousou. Era tudo ou nada! Colocou o time para frente, precisava da vitória, e arriscou. Ao fim do jogo, Victor, diretor de futebol, brincou e chamou as mexidas de Milito de “loucura”. Igor Gomes, Vargas e Scarpa foram os primeiros a entrar. Sairam Fuchs, Battaglia e Otávio. O Galo passou a jogar somente com um zagueiro, e amarelado: Jemerson. Loucura ou plano? Minutos depois, pênalti e virada. Gol de Hulk.

Com o placar a seu favor, Milito voltou a mexer na formação do time. Hulk e Saravia saíram no fim do jogo para entrada de Maurício Lemos e Igor Rabello. Era hora de voltar a defender. O Cruzeiro chegou a empatar com o Dinenno, mas estava impedido.

O gol do alívio e do título conquistado também teve personagem pouco provável: Gustavo Scarpa. O maior reforço da temporada marcou o primeiro com a camisa do Galo. Saiu na cara do goleiro do Cruzeiro no contra-ataque do Galo após passe e visão de jogo de Paulinho. O jogador saiu do banco para, enfim, participar de um gol, e sair leve do Mineirão.

Favoritíssimo ao título antes do campeonato começar, o Atlético viu ao longo do Mineiro a marca se desgastar. Oscilação de desempenho, derrotas, problemas com o ex-treinador e a relação com a torcida. Chegou à fase decisiva do Mineiro sem as vantagens. Precisava se firmar novamente.

Com a chegada de Milito ainda muito recente, o Atlético conquista o pentacampeonato com sabor de resiliência de um time e diretoria que souberam a hora de mexer no comando, mudar a postura e se reencontrarem em sintonia. Deu certo.

Todos os lados saíram ganhando. O pentacampeonato é o primeiro título da carreira do novo treinador do Galo. É o início de um trabalho que tem tudo para ter todos os sentimentos comuns a paixão e a loucura de uma intensa relação de amor.