Após assinar o acordo inicial de compra dos 90% da SAF do Cruzeiro, a equipe de Ronaldo Fenômeno segue estudando tudo que aconteceu nos últimos anos na instituição para dar o último passo e fechar a compra definitiva. Mas após meses de due diligence, alguns pontos se tornaram primordiais para a efetivação do negócio e estão sendo discutidos no clube.
O processo de diligence levantou tudo e confirmou aquilo que o Ronaldo já tinha falado lá atrás, “cada gaveta uma surpresa”, e diante desse quadro tem dívidas que não tem como simplesmente ficar dentro da lei de clube-empresa (transfer ban etc). Só que além dessas, tem também a tributária (aquele acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional feito no final de 2020). E o entendimento é que a SAF assumindo mais essa dívida já de cara a chance de atraso nas parcelas seria de zero e o acordo cumprido nos próximos anos. Caso contrário, a possibilidade da dívida aumentar é grande, já que os 20% das receitas a serem repassados para a associação não seriam suficientes pra honrar a parcela mensal, de algo em torno de R$1 milhão. Com isso, Ronaldo já assumiria de cara na SAF cerca de R$300 milhões de dívidas – mais de R$100 milhões que ainda restam de débitos com impacto esportivo (clubes nacionais e internacionais – Transfer Ban) e ainda o acordo das dívidas fiscais e tributárias com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – de algo em torno de R$200 milhões. Em contrapartida, as Tocas I e II passariam a ser da SAF. O detalhe é que ambas não estão regularizadas ainda e precisaria de mais um processo complexo para isso acontecer.
Ronaldo assinou o acordo de compra com o Cruzeiro no dia 18 de dezembro de 2021. Mesmo ainda sem ser dono, já colocou R$25 milhões para pagar dívidas com Defensor (URU), Mazatlán e Tigres, ambos do México. Além disso, vem mantendo salários em dia no clube em um trabalho de transição ainda com a associação.
