O Atlético está no mercado (outra vez) para escolher um novo comandante para início da temporada que vem. O diretor de futebol Rodrigo Caetano falou sobre o processo repetido, mas sem dar pistas sobre qual seria os alvos mais quentes. Não há, por ora, definição sobre o sucessor de Cuca.
“Eu não gostaria que o Cuca tivesse saído. Diferentemente de 2021, agora o contrato dele acabou. O que temos feito desde então? Levantamos nomes e perfis”.
Histórico técnico do River Plate e livre no mercado, Marcelo Gallardo, por exemplo, recebeu contatos, mas avisou que irá trabalhar só no segundo semestre, e vista o mercado europeu.
“Você sabe o quanto cobra um Marcelo Gallardo no River? Eu, mesmo não conseguindo contratar o Gallardo, não faço contato? É a minha função. Mas aí que está o nível expectativa x realidade. Vou citar esse caso. O Gallardo não quer trabalhar pelos próximos seis meses, e quer ir para a Europa”.
Na coletiva de imprensa, Rodrigo Caetano falou sobre como seria esse perfil: “Um nome que entenda o momento do clube, de transformação em SAF, Arena MRV, dificuldades financeiras. Esteja disposto, saiba que a responsabilidade é gigante, e que seja de médio prazo”.
O executivo indicou que o “vazamento” de nomes no processo de contratação de Turco Mohamed criou um rótulo de que o argentino teria sido uma das últimas opções do mercado, e que prejudicou a passagem pelo Atlético.
“O que faremos diferente? Não vamos fazer nenhum comentário sobre possibilidades. Acho que o um dos problemas enfrentados pelo Turco Mohamed foi que muitos nomes surgiram antes e junto, e passou a mensagem que ele não foi a primeira ou a segunda opção” – afirmou o diretor.
A saída de Cuca foi decidida horas após a vitória contra o Corinthians, por 1 a 0, que decretou a vaga na pré-Libertadores ao Atlético. Foi “em comum acordo”, segundo comunicado do clube na última terça-feira.
Juan Pablo Vojvoda, por exemplo, também levou o Fortaleza para a Pré-Libertadores de 2023. É um nome forte no mercado, sondado por Vasco, Corinthians e Santos. O Galo também observou de perto do trabalho de recuperação do argentino. Mas o cenário indica renovação no Fortaleza.
“O DNA do Atlético é mais importante. Estou há dois anos aqui. Penso que o treinador tem que entender que o Galo joga sempre de forma propositiva, buscando vitória, intensa. Raros são casos que se admite a possibilidade de jogar de forma reativa” – afirmou Caetano.
O chefe do departamento de futebol do Atlético recebeu convite de Alberto Guerra, novo presidente do Grêmio, para trocar de clube e voltar às origens. Rodrigo Caetano confirmou a ligação, mas disse que não há proposta ou negociação. Se depender da sua vontade, ficará no Galo.
“Eu disse que só estaria apto a qualquer conversa sobre proposta de trabalho se a minha permanência não acontecesse no Atlético. Não foi isso que me foi passado pelo órgão colegiado, pelo presidente. Portanto, meu trabalho segue”.
Rodrigo Caetano tem contrato no Galo até 2026, renovado recentemente. Claro, o Atlético irá virar SAF e terá “novos donos” ainda em 2023. O executivo despontou na função no Grêmio, clube no qual se formou como jogador profissional.