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No returno, tomar gol não é com o América

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No ranking do returno do Brasileirão, o América ocupa o terceiro lugar. A ótima campanha na segunda parte do campeonato se deve muito à evolução do sistema defensivo, que vem ajudando o Coelho a garantir a maior sequência invicta no ano. Segundo o Espião Estatístico, a equipe de Vagner Mancini tem a melhor defesa do returno, ao lado de Fortaleza e Flamengo, com três gols sofridos.

Neste segundo turno de Campeonato Brasileiro, o Coelho não sabe o que é perder. São seis jogos de invencibilidade, com quatro vitórias e dois empates. Seis gols marcados – quarto melhor ataque do returno – e apenas três sofridos.

Elogios para a defesa é de certa forma novidade no ano do América. Apesar de boas peças para resguardar o gol, o time passou por momentos de instabilidade, sobretudo durante a disputa da Libertadores, e tomando gols por erros de posicionamento e falhas na marcação, como os sofridos contra Independiente Del Valle e Tolima.

Com os ajustes de Vagner Mancini, o sistema defensivo passou a falhar menos. As linhas de marcação ficaram mais próximas quando o time não tem a bola, e o bloco passou a variar de jogo para jogo, mas mantendo o mesmo padrão – algumas vezes joga mais recuado, em outras marca mais no campo de ataque.

A maneira de defender mais padronizada trouxe mais solidez defensiva e, consequentemente, menos gols tomados por jogo. Além de ser pouco vazado no returno, a equipe foi a última a ser vazada na Copa do Brasil, campeonato que não sofreu gols até duelo contra o São Paulo.

Quando se fala em solidez defensiva, imagina-se um padrão de jogo bem montado e uma base titular que garante a mesma maneira de jogar para a equipe. De fato, como já dito, o padrão tático do América quando não tem a bola é muito mais organizado do que em outros momentos da temporada.

Mas a escalação da defesa não é uma constante com Vagner Mancini. Nos seis jogos do segundo turno, foram seis times diferentes, cada um com uma formação diferente da linha defensiva.

O zagueiro Éder foi o único que esteve em todas as partidas do returno. Titular absoluto no ano, o defensor é o principal pilar da zaga americana e, na Copa do Brasil, foi parar até na seleção das oitavas de final, pelas boas partidas contra o Botafogo.

Depois de Éder, o defensor que mais esteve como titular no returno do Brasileirão foi o lateral-direito Raúl Cáceres, que começou em cinco dos seis jogos.

A utilização de Cáceres vem da necessidade de aprimorar a marcação do lado direito americano, que não funcionava bem com Patric. Apesar de este ser um dos líderes da equipe, Vagner Mancini resolveu tirá-lo dos titulares e dar a oportunidade para Cáceres. Funcionou.

A variação dos titulares conforme cada estratégia vem dando certo até aqui. Um ponto positivo é justamente contar com um bom “cardápio” de jogadores defensivos, com características diversas, para poder misturar em campo.

Mancini terá agora mais uma semana livre de jogos para escolher os titulares para um dos jogos mais difíceis do returno. O Coelho enfrenta o Botafogo, fora de casa, no domingo, às 11h.

FUTEBOL MINAS FM