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No Cruzeiro, treino é treino e jogo é jogo. Só que o treino é melhor que o jogo.

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O Cruzeiro, mais uma vez, saiu de campo derrotado na Série B. Agora, pelo Avaí, por 1 a 0, no Mineirão. O quinto revés nos últimos oito jogos da competição. Na visão de Ney Franco, assim como ocorreu contra o CSA, no último fim de semana, o maior problema foi o setor ofensivo.

“Na realidade, foi um jogo incompetência ofensiva. Quando eu falo de incompetência ofensiva, não estou incluindo só os atacantes da equipe, é ela como um todo”

O Cruzeiro teve um domínio territorial do jogo, com 66% de posse de bola, quase sempre no campo do Avaí. Mas, com o meio fechado e as peças criativas em noite de pouquíssima inspiração, o time exagerou nas bolas cruzadas, facilitando o trabalho da alta defesa adversária, com Rafael e Airton soberanos pelo alto. Ney Franco fez questão de ressaltar que o Cruzeiro tentou furar o bloqueio catarinense de todas as maneiras.

“Mais uma vez, foi um jogo que a gente teve volume, mas criou muito pouco. Hoje a gente tentou entrar por diversas vezes na área adversária, algumas vezes pelo centro, que estava congestionado. A gente conseguia girar a bola, mas nos cruzamentos a equipe adversária ganhou todas as bolas de cabeça. (…) Mesmo a gente tendo posse, rodando a bola e algumas vezes errando passes, acho que o erro maior foi não ter criado oportunidades de gols”.

O treinador ainda explicou que as entradas de Régis e Marquinhos Gabriel, no início do segundo tempo, foram para tentar melhor a criação da equipe por dentro, já que a maior parte das jogadas acontecia pelas beiradas, facilitando o trabalho defensivo dos zagueiros do Avaí. Assim também ocorreu com a substituição do Thiago no lugar de Arthur Caíke, tentando potencializar tabelas e ganhar força para entrar na área adversária.

“A gente tinha os corredores para jogar pelas laterais, chegamos muito pelas laterais, e a equipe adversária estava muito bem postada nesse tipo de cruzamento. Depois, as substituições do Régis e do Marquinhos Gabriel foram justamente para isso. Depois coloquei o Thiago por dentro, junto com o Moreno, para que a gente conseguisse entrar tabelando pelo meio. Em alguns momentos conseguimos isso, mas não conseguimos finalizar ao gol, embora a gente tenha rodeado a área, girado de um lado para o outro, mas não tivemos essa contundência”.

Ney Franco foi questionado sobre a qualidade dos treinamentos. O time tem conseguido criar e fazer gols nos trabalhos da Toca? O treinador garante que sim, mas admite dificuldade de transferir essa situação para os jogos.

“Estão conseguindo (criar no treino). Estão treinando bem. Estamos conseguindo criar algumas situações de posicionamento ofensivo, tem saído gols nos treinamentos. Os treinamentos têm sido bons, e os jogadores têm demonstrado, nos trabalhos, qualidade técnica”.

“A única coisa que está acontecendo é que, quando a gente vem para os jogos, a gente não transfere o poderio ofensivo mostrado nos treinamentos”.