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No Cruzeiro a regra é saber que o “jogo só termina quando acaba”.

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Pelo contexto do que foi a partida contra o Avaí, o empate não pode ser comemorado. Não só pela situação do Cruzeiro na Série B, mas principalmente por ter saído na frente e levado o empate nos minutos finais do jogo. O que não é a primeira vez que acontece.

No decorrer da competição, o Cruzeiro deixou pontos pelo caminho por conta de gols sofridos na reta final dos jogos. Sofreu o empate contra o CRB, no primeiro turno (com Enderson Moreira), foi derrotado pelo Cuiabá (com Ney Franco) e, agora, essa igualdade na Ressacada.

Foram sete pontos perdidos nessas circunstâncias. A distância pelo G-4, hoje, é de nove pontos. Diante do Avaí, Felipão evitou nomear quem falhou no lance do gol de Valdívia, mas disse que faltou experiência ao time. Nos jogos contra CRB e Cuiabá, também foram erros infantis que geraram os gols no fim.

Contra o CRB, o Cruzeiro começou bem, tendo volume, mas depois esbarrou no problema de criação. Fez o gol em uma cobrança de escanteio, com cabeçada de Marcelo Moreno. Depois, não criou praticamente mais nada para conseguir matar o jogo. É verdade que defensivamente também não sofreu. No fim, entretanto, Filipe Machado e Ariel se atrapalharam na saída de bola, aos 40 do segundo tempo, e Léo Gamalho empatou. Enderson Moreira foi demitido no dia seguinte.

Diante do Cuiabá, era um confronto de opostos. O Cruzeiro, que não engrenava com Ney Franco, e tinha a possibilidade de sair do Z-4, enquanto o Cuiabá, então invencível em sua casa, queria manter a liderança. O jogo foi tecnicamente ruim. A Raposa não sofria e nem fazia o adversário sofrer. No último lance da partida, uma falta no meio, o Cruzeiro vai com todo mundo para a área, leva o contra-ataque e o gol: 1 a 0 para o Cuiabá.

Contra o Avaí, mais um jogo ruim. Não só do Cruzeiro. O time abriu o placar pelo alto, com Machado e, depois, o golerio Lucas Frigeri só foi trabalhar aos 44 minutos, em finalização de Moreno. O castigo chegou aos 48. Patrick Brey faz uma falta desnecessária. Na cobrança, a zaga afasta, ninguém acompanha Edilson no rebote e nem Valdívia, que cabeceia para empatar e dar números finais à partida.

Além dos lances infantis que geraram os gols adversários, o que também tem em comum nesses três jogos é a falta de produtividade do Cruzeiro, que tem sérias dificuldades para matar os jogos. Finalizou apenas oito vezes contra o CRB, sete contra o Cuiabá, e 11 contra o Avaí. As chances claras foram, praticamente, só os gols marcados.