Perto do aniversário de 110 anos do América, neste sábado, o coordenador de futebol do clube-empresa, Marcus Salum, concedeu entrevista coletiva para dar recado especial à torcida. O ex-presidente americano falou sobre a situação atual do clube, revelou as prioridades e homenageou os torcedores do Coelho.
Na quarta-feira, diante do Tolima, o América deixou escapar a oportunidade de vencer em casa pela primeira vez na Libertadores. Marcos Salum deixou claro que ficou triste pela derrota, mas revelou que sempre souberam da dificuldade da competição. Para ele, é importante comemorar o momento único na história do clube.
“Nós estamos fazendo o nosso melhor na Libertadores. Nós temos duas classificações históricas, fizemos três partidas, a de ontem foi uma aberração, a derrota. A gente tem que entender que isso é aprendizado, experiência. O América tem se doado, tem se entregado nos jogos com muita vontade e muita raça.(…) Nós temos orgulho, toda essa equipe nossa, do trabalho que ta sendo feito”.
“E temos a consciência que nós temos de curtir o momento do América na Libertadores e não podemos perder foco e apoio no Brasileiro, que é a competição que nos interessa muito.”
Sobre a priorização do Campeonato Brasileiro, Salum deixou claro que essa mentalidade já foi exposta para a torcida e para o clube. Ele citou que há o desejo de se classificar para a próxima fase da Libertadores, mas a preocupação maior é a competição nacional, que dá acesso ao torneios continentais.
“A prioridade é o Campeonato Brasileiro. Ninguém chega a lugar nenhum no Brasil sem jogar o Brasileiro e jogar bem. Nós não vamos cair na ilusão que nós vamos jogar toda a nossa energia na Libertadores e esquecer o Brasileiro. Porque não é viável”.
E para disputar o Brasileirão, ficou claro que o América precisa de um elenco mais reforçado. Contra o Tolima, com várias baixas, Vagner Mancini precisou escalar muitos jovens, perdendo experiência para segurar a vitória. Salum reconheceu que novas contratações serão necessárias na próxima janela de transferência, no meio do ano.
“Era previsível que isso fosse acontecer. É humanamente impossível cumprir esse calendário do futebol brasileiro. E o América foi alto, é um dos oito melhores times do Brasil em termos de calendário. (…) Logicamente, nós sabemos que na janela, dependendo de como está a situação aqui, nós vamos ter que reforçar sim”.
110 anos do América
No dia da partida contra o Athletico-PR, neste sábado, às 16h30, no Independência, o América também faz 110 de história. Marcus Salum aproveitou para chamar a torcida para o estádio e exaltar o momento em que o clube vive, disputando uma Libertadores de forma inédita.
“Estamos completando, nesse sábado, 110 anos, e eu tenho muito orgulho do trabalho das diretorias, em especial a nossa diretoria, agora nessa chegada à Libertadores. Por tudo que temos feito, no sentido de engrandecer e crescer o clube. É um sonho que eu achei que em vida eu não conseguiria realizar dirigindo o clube. E agora nós temos que desfrutar um pouco e aprender, que a Libertaddores está nos ensinando muito”.
O coordenador de futebol também destacou que é preciso ter paciência com o trabalho. Ele revelou que o projeto do time é se tornar um dos grandes da Série A, mas que isso pode demorar de três a cinco anos. Marcus também disse que a disputa pelo Brasileiro não deve ser fácil e que o América não está livre de riscos.
“Nós temos que curtir isso, entender que são passos decisivos na história do América. Ninguém sai lá de baixo, na disputa de Série B, para chegar na Série A, Libertadores, e se consolida com menos de três, cinco anos. O projeto do América é ser um time grande Série A. Precisa de tempo”.
Salum deixou a parte final da coletiva para homenagear os torcedores do Coelho. Ele confessou que ficou emocionado no jogo contra o Tolima, com a torcida apoiando o time o tempo inteiro no Independência. O ex-presidente do América também pediu apoio para o time continuar crescendo e fazendo uma boa temporada.
“Eu quero dizer o seguinte, a torcida nossa não é grande, mas é apaixonada. Ela deu um show ontem, eu fiquei emocionado no banco. Cantou o hino, gritou o jogo todo, e eu estou triste de não ter dado essa alegria para a torcida ontem, porque ela merecia. Foi um show da torcida. Gente, nós não temos quantidade ainda, Isso vai ser conquistado a longo do tempo, mas nós temos qualidade, nós temos uma torcida que ama esse clube como nós amamos. (…) Torcida americana, vamos comemorar os 110 anos, e vamos fazer uma festa no sábado, e vamos sair com a vitória. Isso é o que eu, nós precisamos. Nós não podemos ficar tristes porque nos perdemos 2 jogos seguidos. Direito de ficar triste nós temos, mas não desanimados. Porque o projeto é muito agressivo, é um projeto de crescimento. Nós precisamos de vocês”.
