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Felipão diz que vai pensar em acesso depois que não houver mais risco de queda.

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Depois de três jogos, o Cruzeiro, enfim, voltou a vencer como mandante na Série B. E foi uma vitória sólida, por 4 a 1, sobre o Brasil de Pelotas. Depois do jogo, Felipão falou sobre a importância do resultado e da atuação, principalmente para a confiança da equipe, que vem com psicológico abalado no decorrer da competição.

O discurso de Felipão foi mais ou menos na mesma linha do que teve depois do clássico com o América, ressaltando que o Cruzeiro, saindo na frente, dificilmente perderá pontos. Mirando isso, apesar da goleada, o treinador disse que buscará ajustes no setor ofensivo.

“Pode significar um pouco mais de confiança da equipe, deve significar que temos uma boa equipe, que temos que saber respeitar o adversário, que temos que conhecer o adversário para não correr tantos riscos, como corremos nos jogos que fizemos anteriormente, contra Guarani, Figueirense e Confiança.

“Vamos ver se nós melhoramos a nossa parte final, em relação aos gols. Está mais uma vez comprovado: saindo na frente, a gente tem uma equipe mais compacta, mais criativa, com mais confiança, e foi isso que aconteceu hoje”

Com o resultado, o Cruzeiro abriu dez pontos de vantagem sobre o Náutico, que abre o Z-4 da Série B. O Timbu tem um jogo a menos, que fará neste domingo, contra o Figueirense. Apesar de o time viver um bom momento na competição e ter aberto uma vantagem considerável em relação à degola, Felipão mantém a luta contra o rebaixamento como único foco, neste momento.

– Nosso objetivo principal segue o mesmo. Nós éramos, há nove rodadas, 19º colocados, agora somos 11º. Estamos a oito ou nove colocações na parte ruim e, no mínimo, sete da colocação que nos dá uma felicidade enorme, que é uma classificação. Mas, desses sete ou oito que estão na nossa frente, cada um tem sete, oito, nove ou dez pontos na nossa frente, e nem todos vão perder ao mesmo tempo, assim como nós não vamos ganhar.

“(…) Não vamos mudar o discurso, não vamos fazer nada diferente, até ter atingido a pontuação de 42, 43, minimamente, para respirar”

Nos jogos contra América e Brasil de Pelotas, Felipão manteve uma estrutura de equipe, ainda sem homem de referência no ataque e com três volantes de ofício na equipe, com Machado fazendo papel de meia. A equipe foi segura em ambas as partidas, mas o treinador disse que a manutenção da equipe para as partidas seguintes vai depender de uma análise física dos jogadores, já que haverá uma sequência de compromissos nas próximas semanas.

“Depende da análise, do estado físico, porque possivelmente vocês notaram que o Brasil estava bastante desgastado, por isso teve dificuldades. Nós temos seis jogos em 22 dias, aí a gente tem dez jogadores com (dois) cartões amarelos. Temos que ver, colocar a equipe em campo, ver parte física, os cuidados com a Covid-19, ver tudo isso para que a gente sempre tenha uma, equipe ideal para o jogo”.

“Eu não tenho que criticar o que aconteceu anteriormente, porque cada um pensa de um jeito, cada direção ou cada grupo gestor. O grupo que está dirigindo atualmente, me contratou entendendo a minha maneira de pensar, que é de que os jovens são necessários, mas não são eles que conseguem carregar o clube neste momento. São os mais experientes que vão carregar, porque vão dar mais tranquilidade aos mais novos para que eles possam aparecer. Não podemos sobrecarregar os jovens, mas também não podemos sobrecarregar os mais velhos, porque não são só eles que jogam. É um misto. Eles estão entendendo, se adaptando. Não é porque ganhamos hoje que está tudo certo. Subir 10, 12 garotos ao mesmo tempo é impossível para uma equipe ter uma organização com esses jovens jogando ao mesmo tempo, principalmente na Série B. Acho que todo mundo entendeu, e vamos adaptando”.

“É uma pena que só no final da minha carreira esportiva eu tenha trabalhado com o Sobis. A gente é amigo há praticamente 20 anos, mas nunca conseguimos, como treinador e jogador, estarmos juntos. Estamos juntos agora, e é um prazer e uma alegria enorme trabalhar com o Sobis, porque ele é um jogador inteligentíssimo e tem um caráter, um comando, uma forma de ver e encarar os jogos e os treinamentos, que são diferentes de muita gente. Ele veio para o Cruzeiro também porque o Cruzeiro, através de uma situação que já existia e que poderia ser acertar – e foi acertada –, ficou ótimo para o Cruzeiro, para o Sobis e, para mim, melhor ainda, porque tenho um jogador altamente qualificado e que sinto pena por só ter trabalhado agora, porque poderia ter trabalhado há dez anos, quinze anos, e seria mais tranquilo do que agora. Elevem fazendo seu papel, juntamente com a equipe, e esperamos que possamos conseguir o primeiro objetivo rapidamente”.