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Em sua primeira coletiva, Ceni mostra serenidade e afirma que todos são titulares

Dois é bom. Bom para marcar o início da trajetória do técnico Rogério Ceni no comando do Cruzeiro. Com ele no banco de reservas, no lugar que antes era ocupado por Mano Menezes, a Raposa derrotou o Santos, neste domingo, o Mineirão, em jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado fez o Cruzeiro quebrar a sequência de nove partidas sem vencer na temporada e tirou o time da zona de rebaixamento.

Rogério elogiou os jogadores pela atuação do time diante do líder do Campeonato Brasileiro. Valorizou a qualidade do elenco do Cruzeiro e disse que a equipe não merecer ocupar a 16ª colocação na tabela. O treinador enalteceu a presença da torcida no Mineirão e brincou ao lembrar que agora está do mesmo lado dos cruzeirenses.

“Uma atmosfera incrível no estádio, por volta de 45 mil pessoas, uma festa incrível. Pela primeira vez não me vaiaram no Mineirão, fico feliz (risos). O time saiu aplaudido. Os grandes protagonistas são os jogadores. A gente tenta achar o caminho, mas a entrega deles foi fundamental. Foram os melhores caras que podiam ser no dia de hoje – disse o treinador, que continuou”.

“A qualidade (do grupo) existe, a gente só precisa fazer com que eles coloquem em prática. A posição não é condizente com a do Cruzeiro, mas temos que sair da situação jogo a jogo. Sou muito grato a eles, os caras são diferentes. Um p… prazer de trabalhar com esse grupo, ainda na primeira semana de convívio”.

Sobre a escalação da equipe, que teve mudanças significativas como o lateral Dodô atuando como volante, nos primeiros minutos do jogo, além de Robinho e Fred começando no banco de reservas, Rogério Ceni evitou polemizar. O treinador preferiu exaltar os jogadores a explicar a formação usada para iniciar o jogo.

“Na Toca, você vê o nome desses caras na parede. Não podemos deixar apagar a lembrança do torcedor de caras que fizeram história. Temos que ter muito respeito por eles. Às vezes não gostaria de ver um cara com tanta história no banco. O Fred por exemplo estava no banco, Egídio tive que tirar, pedi desculpas a ele, mas naquele momento se fazia necessário. Eu conto com a compreensão de todos, eles se dedicam muito no dia a dia”.

O estilo de jogo ofensivo do treinador foi outro assunto abordado na coletiva. Rogério reafirmou que adota a postura agressiva de jogo e que faz questão de exigir isso do elenco.

“Os caras tiveram paciência pra receber a gente, sou um pouco chato, cobro muito. O respeito prevalece. A filosofia de jogo nos meus três anos de treinador é tentar ser o mais agressivo possível. Com 1 a 0 tentar o segundo, com 2 a 0 tentar o terceiro… Matar o jogo. E respeitando o que foi composto nos últimos anos”.

O treinador também fez análises individualizadas. E distribuiu elogios.

“O Robinho, pra mim, tem condições de jogar como segundo volante. Thiago Neves fez uma partida brilhante como segundo volante. Quando entrou o Fred, Marquinhos Gabriel foi muito bem. David ajudou muito, Pedro (Rocha) ajudou muito, linha de zaga firme. Dedé sentiu, Cacá entrou com personalidade. Preferimos poupar o Léo, Fabrício entrou super bem. Eu tinha dúvida entre Egídio e Dodô, arrumei um espaço pra Dodô, é um jogador que gosto muito. Por ser ambidestro, trata bem a bola. Orejuela discreto, mas eficiente na marcação, não deu espaço pro Soteldo”.