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Diretor do Atlético, confia em Cuca, no elenco e diz que títulos virão.

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Não é porque venceu o América com autoridade, que o Atlético tinha um time perfeito para encarar a temporada 2021. Tampouco a derrota para o clássico diante do Cruzeiro, por 1 a 0, significa terra arrasada e caça às bruxas. Este é o pensamento do diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano. Em longa coletiva de imprensa, o executivo falou sobre o trabalho de Cuca, ainda no início, e reforçou confiança na permanência do técnico à frente da equipe.

A apresentação do Atlético contra o Cruzeiro, entretanto, gerou insatisfação interna, até mesmo do próprio Rodrigo Caetano, citado nominalmente por Cuca na entrevista pós-clássico. As cobranças e avaliações são sigilosas – “Jamais, como gestor de pessoas, irei expor as cobranças”. Mas o diretor garante que Cuca segue prestigiado no clube e com a confiança de conseguir reparar erros técnicos, táticos e de todas as instâncias da equipe que recebeu milhões e milhões de investimentos.

“Não existe dúvida sobre a sua capacidade. E a avaliação na hora da derrota tem que ter o mesmo peso na hora da vitória, por exemplo, contra o América”.

“Nem tudo estava certo quando vencemos o América, e tido por todos que tínhamos uma das melhores equipes. Também quanto tivemos insucesso no último clássico, é que tudo está errado. Nós estamos no começo de temporada e no começo do trabalho de Cuca. E o Estadual serve pra isso. A avaliação do trabalho do Cuca veio antes. Ele não veio aqui apenas pelo que ganhou no Galo. Ele tem seu nome marcado na história do Galo, mas a avaliação é nacional e sul-americana, do trabalho realizado no Santos, com pouca matéria-prima, investimento quase nulo, perdendo atletas”.

Cuca vive uma batalha interna diária. Enquanto precisa planejar, treinar e comandar o Atlético em uma temporada de alta expectativa da torcida, sedenta por um título de expressão, precisa lidar com a dor e angústia de ter a mãe, Nilde Stival, internada por Covid-19, em situação complicada, que irá completar dois meses daqui sete dias. Mas, não há dúvida sobre a capacidade emocional e o foco mental de Cuca em lidera a comissão técnica do Atlético, segundo Caetano.

“Uma coisa são os problemas pessoais que todos nós temos. Uns mais, outros menos. Situações graves como da mãe dele, que apresenta melhora e afeta o mundo inteiro, que é a Covid-19. Outra coisa é fazer ilação sobre o trabalho dele. É um cara dedicado, que está aqui no dia a dia, vamos separar as coisas. É perigoso vincular um insucesso no clássico a um momento que ele vive, que não é segredo para ninguém”.

“Para você ter ideia, ficamos mais de duas horas no Mineirão planejando os próximos jogos, jogos da Libertadores, procurando soluções. E totalmente envolvido. Em momento algum ele não desviou o foco aqui. Ele precisa ser exaltado por isso”.

“Eu lamento que isso faça parte (boatos nas redes sociais) hoje da realidade não só do futebol, da política, infelizmente ferramentas pro bem, são utilizadas para revolta, pra discórdia, destruição. Cenário que não temos como controlar. Temos que controlar o ambiente. Gostaria muito que as avaliações ficassem ao que vocês veem, ou seja, o jogo. Já que não podemo acompanhar os treinos, espero que isso em breve possa retomar, que avaliem o que veem, o que não veem é levado para o lado da irresponsabilidade. Vocês são preparados, generalizando. Não tenho dúvida que a imprensa é capacitada para fazer a avaliação do que vê no campo. Fala-se pouco sobre campo e bola. Fala-se de conjecturas, suposições que até nos surpreende. Eu afirmo para você. Nem tudo estava certo quando vencemos o América, e tido por todos que tínhamos uma das melhores equipes. Também quanto tivemos insucesso no último clássico, é que tudo está errado”.

“A nossa equipe não era a melhor do Brasil, acho que o nosso elenco está entre os melhores sim. Mas estamos em processo de mudança de metodologia, um mês de trabalho na nova temporada 2021. E as equipes que jogaram a supercopa são equipes campeãs na temporada 2020. E acho que citei aqui, são elencos que já vem junto há muito tempo. Temos que diferenciar e avaliar, não é o individual. Principalmente os estágios, os momentos são diferentes. Para responder isso, precisamos confirmar e, para isso, é ganhar. A equipe do Galo não é pronta. Longe disso. Jogadores que chegaram aqui foi no fechamento da janela, o Vargas chegou em início de novembro. Um estrangeiro há quatro, cinco meses”.

“Nós aqui, o nosso desafio, como atual diretor de futebol do Galo, e o Cuca com vasta experiência, o que a gente mais busca é equilibrar. Expectativa x realidade. A gente sabe que o número alto de investimentos do ano passado, reforços este ano, gera expectativa alta. É natural e confesso que prefiro este tipo de cenário. Porém, cabe aos líderes ter a serenidade, justamente quando, no momento da vitória, não haja euforia demasiada, e tampouco frustração quando tiver um tropeço e que precisa voltar à estaca zero. Não é dessa forma. Temos um calendário que foi emendado. Tem jogador que vai completar 6 meses de clube. É tudo muito recente. E as outras equipes já tinham uma base de elenco. Dos primeiros colocados do Brasileiro, o Atlético foi um “intruso”. Precisamos ter essa calma, entender, ter discernimento. Uma coisa é a expectativa externa, temos que entender e compreender. Outra coisa são as avaliações. Não se ganha nada no papel. E não temos exemplos só aqui no Atlético. Vamos trabalhar de forma silenciosa, com calma. Absorvendo as críticas, no momento certo”.