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Cruzeiro: Novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco promete acelerar PL clube-empresa

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Enquanto trabalha na montagem do elenco pra a próxima temporada, o Cruzeiro recebeu uma ótima notícia na noite dessa segunda-feira (1): a eleição de Rodrigo Pacheco para a presidência do Senado. O político do DEM-MG é autor do Projeto de Lei que prevê a criação de clube-empresa, o que é de interesse da direção cruzeirense. Inclusive, Pacheco prometeu à cúpula celeste que colocará o PL 5516/2019 em votação o quanto antes.

Depois de conversas com o próprio Rodrigo Pacheco e com Carlos Viana, senadores por Minas Gerais, a expectativa dos dirigentes cruzeirenses é que o Projeto de Lei volte a tramitar no Senado até março. E o Cruzeiro tem pressa, já que o clube passa por uma grave crise financeira e uma mudança na lei, que permita a criação de uma Sociedade Anônima de Futebol, será uma alternativa capaz de tonar a Raposa viável novamente.

De acordo com o último balancete trimestral divulgado pelo Cruzeiro, incluindo os números de janeiro a setembro do ano passado, a dívida do clube já passou da barreira de R$ 1 bilhão. Somente nos primeiros nove meses do ano passado o resultado negativo foi de R$ 343 milhões.

O Projeto de Lei 5516/2019, de autoria de Rodrigo Pacheco, prevê que os clubes podem criar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e não simplesmente uma Sociedade Anônima (S/A). Na segunda opção, os clubes fariam apenas uma migração, como acontece com qualquer empresa. Já com a SAF, são criados mecanismos e travas específicas, pensando em como o futebol funciona.

Um exemplo é a criação de ações ordinárias classes A e B. Por mais que o investidor seja majoritário nas ações classe B, ele não pode mudar as cores ou escudo sem a autorização da associação civil, que atualmente já comanda os clubes de futebol.

A partir da criação da SAF, também é possível que as equipes de futebol captem recursos com juros mais baixos no mercado financeiro utilizando a emissão de título de dívida. O que não é permitido atualmente e nem com a migração para a S/A.

Assim que os clubes brasileiros puderem se transformar em empresas, o Cruzeiro estará pronto. O estatuto cruzeirense já permite essa mudança, desde que o investidor não seja majoritário, isso dentro de uma S/A convencional. Com o modelo SAF o clube estaria ainda mais resguardado.

Há poucos meses o Cruzeiro criou um grupo para debater o assunto. O CEO do clube, Sandro Gonzalez, está à frente. Além dele, fazem parte da equipe Edson Potsch (vice-presidente administrativo), Paulo Assis (diretor de operações), Matheus Rocha (diretor financeiro), André Argolo (executivo de esportes), Bruno Gervásio (assessor da presidência), Moacyr Lobato (desembargador) e Fernando Drummond (advogado).

O principal na mudança para SAF ou S/A é ter investidores dispostos a injetarem dinheiro no clube. O Cruzeiro já está atrás de possíveis interessados. Quanto antes levantar recursos, mas rápido a Raposa vai poder se recuperar financeiramente.

O fato de ser uma empresa protege o dinheiro de quem investir, bem diferente do modelo vigente, em que o investidor pode fazer empréstimos. No método atual, quem coloca recursos dentro de um clube de futebol fica refém dos dirigentes, sem poder controlar o valor que investiu.

Por isso, alguns possíveis investidores não têm interesse de injetar grana no Cruzeiro neste momento, mas se mostraram abertos para uma parceria quando for permitido o clube-empresa. Vittorio Medioli, que foi CEO do Cruzeiro por alguns dias, entre 2019 e 2020, é tido como um potencial investidor.

Prefeito de Betim e dono do Grupo Sada, Medioli já citou várias vezes que o Cruzeiro não tem solução a não ser que se transforme numa empresa.

*Com informações de Victor Martins, do Portal UAI