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Cruzeiro empata mais uma em casa e aumenta risco de Z4

Maior posse de bola (mais que o dobro) e mais finalizações. Cruzeiro e Avaí fizeram um jogo de ataque (dos mineiros) contra defesa (dos catarinenses), nessa segunda-feira, no Mineirão, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O empate – o 15ª da Raposa, equipe que mais empatou neste Brasileirão – fez com que o time deixasse a zona de rebaixamento, mas foi um banho de água fria nos torcedores cruzeirenses, visto que o adversário era o lanterna da competição, que acabou matematicamente rebaixado para a Série B.

Se vencesse o Avaí, resultado que era “garantido” nas contas cruzeirenses, a Raposa não só deixaria mais longe a zona de rebaixamento como ainda ultrapassaria Ceará e Botafogo, e ficaria em situação um pouco melhor restando cinco rodadas para o fim da competição.

Apesar de ter números mais expressivos que o – lanterna – Avaí, no duelo do Mineirão, a superioridade do Cruzeiro, além de ser algo obviamente esperado, não foi tão real assim. Ainda que, após a partida, o técnico Abel Braga tenha adotado o discurso da superioridade cruzeirense.

“O Cruzeiro se impôs, mas infelizmente não conseguiu vencer o Avaí. O jogo foi praticamente da linha do meio-campo para o gol do adversário”.

Para se ter uma ideia, apesar de ter tido mais posse de bola (67% contra 33% do time catarinense) e finalizado mais vezes (14 contra oito do Leão da Ilha), foi o adversário quem teve mais finalizações certas (quatro contra três da Raposa).

Aliás, no primeiro tempo, a grande chance de gol foi justamente do Avaí. Aos 24 minutos, Lourenço levantou a bola para Vinícius Araújo na área cruzeirense. O atacante, revelado nas categorias de base da Raposa, emendou uma bicicleta, no meio do gol. Fábio fez a defesa.

Com o Avaí totalmente recuado, e o Cruzeiro sem inspiração, a aposta foi nos toques de bola (e foram muitos, 514 passes certos contra 171 do adversário) e nas várias bolas alçadas para a área do Avaí (foram 52 cruzamentos!). Em vão.

Somente aos 45 minutos do segundo tempo (isso mesmo!), o Cruzeiro teve a grande oportunidade de balançar a rede. Foi com Thiago Neves, que recebeu cruzamento na medida de Dodô, após boa jogada de Sassá, já dentro da área. O meia, no entanto, cabeceou para fora, e lamentou muito a oportunidade desperdiçada.

Por fim, Abel preferiu exaltar a postura do Avaí, que não teve vergonha de adotar um esquema totalmente defensivo, ainda que, com o empate, tenha sido matematicamente rebaixado para a Série B.