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Conselho Fiscal apoiado pelo presidente do Cruzeiro vence eleições e torcida pede transparência

Mesmo ainda sem ter tido acesso aos documentos e às contas da administração de Wagner Pires de Sá, Paulo César Pedrosa, conselheiro nato do Cruzeiro e eleito para o Conselho Fiscal, acredita na inocência do presidente do clube diante das irregularidades apontadas em sua gestão. Pedrosa é contra a manutenção da reunião para o pedido de afastamento, marcada para 5 de agosto, e também da sequência da comissão de sindicância, criada por Zezé Perrella, presidente do conselheiro deliberativo.

Eu acho que essa comissão de sindicância perdeu efeito. Eu não vou tomar conhecimento de uma comissão de dois, da oposição, isso para mim não tem efeito. Como membro do conselho fiscal, eu não vou aceitar isso. Agora, o Cruzeiro tem um conselho fiscal legitimamente eleito pelo clube – disse o conselheiro, que ainda completou sobre a reunião marcada para 5 de agosto, que vai analisar o pedido de afastamento de Wagner Pires de Sá e sua diretoria.

Acho que ela perdeu totalmente o sentido. Temos 240 assinaturas que impedem qualquer atitude contra o presidente. Inclusive, o conselheiro Ronaldo Granata (segundo vice-presidente e rompido com a atual gestão) assinou e ele não esteve aqui – finalizou Pedrosa.

O Conselho Fiscal deve ser independente (sem interesses políticos) e está vinculado à presidência do conselho deliberativo. Será dele a responsabilidade de apreciar as contas de 2018 da diretoria do Cruzeiro, que foram publicadas, mas ainda não passaram pelo crivo do conselho deliberativo. Segundo Pedrosa, isso ocorrerá daqui, em no mínimo, 90 dias. Apesar de não ser o principal objetivo, ele também disse que vai analisar as contas de Gilvan de Pinho Tavares, também rompido com a atual gestão.

– Não tem restrição nenhuma. O conselho fiscal é independente da diretoria do clube. Ele se reporta à presidência do conselho deliberativo. Se sentirmos necessidade, vamos contratar uma auditoria externa. São mais de oito mil documentos, não vamos apresentar uma conta, analisar em dois, três meses, e dizer que está tudo certo ou tudo errado. Vamos analisar a administração anterior e esse primeiro ano de administração do doutor Wagner Pires de Sá.

Apesar da instrução normativa obtida pelo Grupo Globo, que limitava a atuação do antigo Conselho Fiscal, e também dos pedidos de acesso a documentos não atendidos, Pedrosa acredita que nenhum documento tenha sido negado.

– O Conselho Fiscal, que vinha reclamando de documentos, o que eu pude apurar é que nenhum documento foi negado a eles. Foi apresentado a eles. Eles esqueceram que perderam a eleição há dois anos atrás. Eu não esqueci, eu perdi também a eleição. Mas quando acaba a eleição, o Cruzeiro é um só.

 

O agora conselheiro fiscal foi apoiado informalmente pela diretoria. Na votação para o Conselho Fiscal, funcionários próximos a Wagner Pires de Sá e Itair Machado usavam adesivos da chapa Força Azul, vitorioso no pleito da última noite. Apesar disso, Pedrosa disse que nunca foi procurado por membros da diretoria atual

– Não tive apoio nenhum da atual diretoria. A gente esperava ganhar com mais de 100 votos (ganharam com 41 de diferença). Em nenhum momento a diretoria atual me procurou para dizer que iria me apoiar. Em nenhum momento. Todos os colegas da nossa chapa não foram assediados, procurados. Em nenhum momento eu reuni com diretor, nem com o Itair Machado, nem com o Paulinho (Céu Azul), nem com o Sérgio. A chapa é totalmente independente – garantiu.

Paulo César Pedrosa afirma que nada ficará escondido dos conselheiros e da torcida.

Pedrosa ainda comentou sobre a relação dos conselheiros do clube e até sobre a noite de caldos organizada pelo presidente do clube às vésperas da eleição do conselho fiscal, que logo depois adiada.

– As maiores festas ocorreram com o Zezé Perrella e o Alvimar. Churrasco de que? Deram um caldo aí que até não me fez bem, porque não estou acostumado com caldo. Não vejo absolutamente nada. Tudo que eu (consumo quando) venho aqui (no Cruzeiro), como e pago. Os bares aqui, nunca tive cortesia de nada. Quanto às camisas, todo conselheiro recebe – disse ele, que, para finalizar, ainda considerou a renúncia do antigo conselho fiscal como covarde.

Nós temos maior carinho pela torcida, respeitamos todas as torcidas organizadas. A torcida pode ficar tranquila. Nunca ganhamos churrasco de graça, nem nada. As melhores festas que o Cruzeiro já teve, aconteceram na administração do Zezé (Perrella) e do Alvimar (Perrella). Camisa nós ganhamos na data do nosso aniversário. Falou-se muita mentira, muita conversa falsa. Lamentavelmente, a outra chapa, aquela que colocava gasolina no fogo. Nós queremos o Cruzeiro aberto, o conselheiro quer saber o que está acontecendo. Quem ficou sabendo foi uma meia dúzia, 10 conselheiros, que obtiveram com a chapa que renunciou no início do ano. O primeiro ano da chapa do presidente Wagner terminou em 31 de dezembro de 2018. Logo no início eles renunciaram. Para mim, renúncia é ato de covardia.

Eleitos, os conselheiros terão um mandato tampão, até o final de 2020, período em que também se encerra o mandato de Wágner Pires de Sá.