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Com o empate diante do Fortaleza em casa, Cruzeiro fica mais uma rodada no Z4

Tudo parecia se encaminhar para uma vitória do alívio. De tanto martelar, quase exclusivamente no jogo aéreo ofensivo, contra um Fortaleza recuado no Mineirão, o Cruzeiro conseguiu o gol que livraria o Z-4 da trajetória do clube no Brasileirão, ao menos para esta 28ª rodada. Mas, se há evolução na equipe conforme foi dito por Abel Braga, o caminho para sair de vez da zona de rebaixamento é trilhado pela Raposa da mesma forma com que Wellington Paulista empatou o jogo: ainda engatinhando.

O Cruzeiro venceu dois jogos seguidos antes do Fortaleza, contra São Paulo e Corinthians – equipes que estão na parte superior da tabela. Era a grande chance de enfrentar um rival direto na tentativa de fuga do rebaixamento, somar três pontos, ainda mais com os empates de Ceará e Fluminense. Mas houve falhas, uma clamorosa, de Egídio. Mas não só ele. No ataque, Thiago Neves teve uma chance de ouro de cabeça no começo do jogo, mas a bola foi em cima do goleiro.

O roteiro seguiu, com a Raposa tentando abrir o placar com bolas alçadas na área. Foi de propósito. Abel queria evitar trabalhar a bola na área central do campo na defesa do Fortaleza e diminuir a chance de o time de Rogério Ceni adotar a “transição rápida”. Mas faltou capricho no cruzamento. Talvez, conforme o próprio Thiago Neves disse, se houvesse eficiência maior no lance aéreo, o Cruzeiro teria vencido fácil.

Mas a situação não é tranquila. Somar seis pontos no Brasileiro tira a água do pescoço, não livra, porém, um clube que não consegue “matar” jogos de “seis pontos” da chance de naufragar. Para isso, o caminho parece ser mesmo o trabalho emocional. O gol de Orejuela foi na base total da pressão, com o lateral premiado por ser um dos poucos que mantém as partes técnicas e físicas em bom nível. Algo que está longe de acometer atletas como Fred, David, Robinho.

O momento pede mudança. O Cruzeiro sentiu falta de Éderson, suspenso. Um jovem promissor capaz de “esconder” a bola no meio de campo. E foi também num cruzamento na área que o castigo veio a galope. Ou melhor, de joelho, com Wellington Paulista. Um empate sofrido três minutos após o gol que poderia ser o da vitória e de saída de Z-4.

Há evolução. E não há outra alternativa se não partir para cima do Botafogo no Rio, quinta-feira. E fica o alerta: será novamente uma equipe de parte de baixo da tabela, com quem a Raposa tem demonstrado dificuldades, com gols sofridos na reta final da partida. Foi assim contra CSA e Chapecoense.

“Nós buscamos pontos fora de casa contra o Corinthians. Vencíamos à Chapecoense até os 95 minutos. Essa forma de jogar, os jogadores compraram a ideia. Independente de onde jogar, vamos jogar na frente, tentando sufocar. Porque não tem condição de ser diferente” – disse Abel