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Chile quer o tricampeonato da Copa América

Depois de tirar sua seleção de uma longa espera pelo primeiro título, a geração de ouro do futebol do Chile agora tem fome de glórias. Bicampeã da Copa América em 2015 e 2016, a equipe chilena está a dois passos de mais uma consagração, que teria sabor especial para nove jogadores que participaram das duas campanhas. Se levantarem novamente o troféu, esse grupo se juntará a 19 ídolos do passado (11 uruguaios e oito argentinos) na galeria restrita de jogadores que ganharam a Copa América pelo menos três vezes.

Para manter o sonho, o Chile precisa passar pela seleção do Peru na semifinal de quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Arena do Grêmio. E depois medir força na decisão contra o vencedor de Brasil x Argentina, que se enfrentam na terça, às 21h30, no Mineirão. Se chegar ao tricampeonato, o Chile será apenas a segunda seleção com três conquistas seguidas de Copa América, repetindo o feito da Argentina em 1945, 1946 e 1947.

Os principais representantes desse período iluminado do futebol chileno são o atacantes Aléxis Sánchez e o meia Arturo Vidal. Além deles, também são remanescentes do bicampeonato Eduardo Vargas, Jean Beausejour, Mauricio Isla, Charles Aránguiz, Gary Medel, Gonzalo Jara e José Pedro Fuenzalida. Quase todos titulares tanto nas edições anteriores como na atual Copa América, o que mostra a força do conjunto do Chile.

Curiosamente, se a base da equipe é a mesma desde a primeira conquista, o comando teve alta rotatividade, e nenhum representante do país. O técnico campeão continental em 2015, primeira conquista da história do futebol chileno, foi o argentino Jorge Sampaoli, hoje no Santos. No ano seguinte, o Chile chegou ao bi dirigido pelo argentino naturalizado espanhol Juan Antonio Pizzi; e agora cabe ao colombiano Reinaldo Rueda tentar o tri.

Competição “quase anual” gerou múltiplos campeões no início do século passado

O jogador que mais vezes conquistou a competição é o uruguaio Ángel Romano, com cinco títulos. Ele foi campeão nas duas primeiras edições do então Campeonato Sul-Americano (1916 e 1917) e depois voltou a levantar a taça em 1920, 1924 e 1926. Outros três uruguaios são tetracampeões continentais: Pascual Somma (1916, 1917, 1920 e 1923), José Nasazzi (1923, 1924, 1926 e 1935) e Héctor Scarone (1917, 1923, 1924 e 1926).

Primeiro campeonato de seleções do mundo, o Sul-Americano não tinha intervalo fixo entre as edições no início, e chegou a ser disputado anualmente entre 1919 e 1927. Até 1959, quando enfim passou a ser quadrienal, o torneio teve 27 edições em 43 anos. Isso permitiu que jogadores disputassem muitas vezes a competição.

Uruguaio Enzo Francescoli é o último tricampeão da Copa América

Por isso, dos 19 multicampeões, 18 acumularam troféus nas primeiras três décadas de disputa. O único tricampeão relativamente recente é o ex-craque uruguaio Enzo Francescoli, vencedor em 1983 (batendo o Brasil na final), 1987 e 1995 (em outra decisão contra o Brasil).

Entre os tricampeões do início do século XX, somente quatro argentinos tiveram a honra de vencer três edições seguidas do torneio (1945, 1946 e 1947): René Pontoni, Félix Loustau, Mario Boyé e Norberto Méndez. Um grupo ainda mais seleto, que pode receber este ano o bonde chileno dos novos tricampeões continentais.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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