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Caso Vitor Roque está muito longe do seu final.

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O Cruzeiro promete agir rápido na Justiça em relação ao caso Vitor Roque. Nos bastidores, o departamento jurídico do clube dará encaminhamento à discussão na esfera trabalhista, mais especificamente na 14ª Vara do Trabalho, onde o jovem jogador conseguiu a rescisão unilateral.

O clube mineiro também estuda se irá tomar alguma medida contra o Athlético-PR, destino de Vitor Roque. A possibilidade seria acionar o clube paranaense na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD). Para isso, o Cruzeiro conta com a notificação realizada na Federação Mineira de Futebol.

Em nota, o clube já afirmou que tomará medidas:

“De qualquer forma, o Cruzeiro Esporte Clube, com tranquilidade e conhecedor de seus direitos, não hesitará em adotar todas as medidas necessárias para preservá-los”.

A Raposa realizou a comunicação à Federação Mineira de Futebol sobre a proposta de renovação de contrato com Vitor Roque, no último domingo, quando o jogador treinou pela manhã na Toca da Raposa e viajou, à noite, para Curitiba. Naquele dia, segundo o clube mineiro, Roque se negou a assinar a renovação.

Em nota oficial, divulgada na madrugada desta quarta-feira, André Cury rebateu o clube mineiro. Ele informou que irá notificar o Cruzeiro extrajudicialmente “para identificar o nome do autor e a sua qualificação para que sejam imputadas as responsabilidades pelo crime de injúria e difamação”.

“As afirmações constantes na nota do Cruzeiro não são verdadeiras. Há evidente inversão de fatos e de valores éticos e morais a fim de mais uma vez ludibriar a majestosa torcida cruzeirense que merece respeito, quando o Cruzeiro transfere responsabilidade de um erro primário cometido pela atual gestão a terceiros” – escreveu.

Cury elaborou uma linha do tempo para explicar o que realmente teria acontecido na saída de Vitor Roque. Segundo ele, em 7 de março deste ano, um parceiro foi à Toca da Raposa requisitar o aumento salarial ao atacante. “Naquela ocasião foi apresentado o valor de R$ 60.000”, relata a nota.

Em 18 de março, segundo Cury, o “representante do Cruzeiro de nome Pedro encaminhou mensagem pelo aplicativo de WhatsApp: “a demanda Roque pode ser que ande”.

Cinco dias depois, ainda segundo o empresário, o Cruzeiro encaminhou uma mensagem aceitando a proposta de aumento salarial para R$ 60 mil. Porém, teria condicionado a renovação à assinatura de um novo contrato. O staff do atleta descartou.

Dois dias depois, no dia 25, o jurídico do Cruzeiro, por meio de Herbert Martins Junior (conforme mensagem divulgada por André Cury na nota oficial), encaminhou o novo contrato de Vitor Roque, mas com salário de R$ 50 mil. A irmã e advogada do empresário, Adriana Cury, respondeu ao Cruzeiro:

– Acabei de falar com o Cury. Ele disse que não tem nada ajustado. Que ele recebeu a ligação e não foi concluído (sic) a conversa. Por isso, aguarda a ligação para depois, se for o caso cuidarmos da negociação.

Na conversa divulgada por Cury, Herbert diz que está “combinado” e que iria conversar com Pedro. Supostamente, Pedro Martins, executivo de futebol do Cruzeiro.

Ainda na linha temporal descrita por André Cury, em 30 de março, o “preposto do Cruzeiro Pedro” afirmou ao agente que o clube só aceitaria aumentar o salário de Roque se houvesse a assinatura de um novo contrato. O que foi, novamente, descartado por Vitor Roque, segundo a nota de Cury. O agente teria sugerido a formalização de um aditivo contratual, mas o Cruzeiro não teria aceito.

Sem acordo, então, Vitor Roque aceitou a proposta do Athletico-PR, que decidiu pagar o valor a multa, mesmo sem acordo com o Cruzeiro. Nessa terça-feira, o jogador teve a rescisão contratual divulgada com o clube mineiro.

A nota oficial do Cruzeiro

“O Cruzeiro Esporte Clube, em sua nova gestão, tem como princípio a transparência em todos os temas relevantes à sua torcida, imprensa e ao universo do futebol. Por isso vimos a público dar luz aos fatos que envolvem o atleta Vitor Roque.

Ao longo de todo o mês de março, a diretoria de futebol estabeleceu diversas conversas e negociações com os agentes André Cury e Francisco Rocha, caminhando para a formalização do novo vínculo com o ajuste salarial pretendido por eles para a renovação do Contrato de Trabalho do atacante. Entretanto, em vias de finalizar o negócio, as respostas obtidas começaram a se tornar esparsas e evasiva