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Blog do Leo Lasmar – Atlético foi “quase perfeito” taticamente contra o São Paulo

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O placar magro pode esconder a grande partida que o Atlético fez no Mineirão, ao vencer o São Paulo por 1 a 0, nesse domingo, pelo Brasileiro. Ainda que tenha jogado pouco no campo de ataque no segundo tempo, o time de Cuca teve mérito na marcação, praticamente não dando chances pra equipe de Hernán Crespo esboçar e chegar ao empate.

Ainda que os contra-ataques possam ser melhor aproveitados pelo pessoal lá da frente, a vitória precisa ser comemorada. O adversário é casca dura e, ao mudar e abandonar o esquema de três zagueiros na lesão de Miranda, ocupou melhor o campo de jogo.

Mas não venceu o Galo nem neste quesito. Uma performance tática bem consistente do Atlético. Concentração alta e muita correria para fechar as portas. Guga e Jair saíram exaustos de campo, símbolos da aplicação na marcação. Cuca escolheu uma escalação com a volta dos laterais que estavam na seleção olímpica.

A apreensão do Atlético na partida foi muito mais pela posse de bola do São Paulo no segundo tempo, do que chances por criadas contra Everson, que fez basicamente uma intervenção mais difícil no jogo, ao salvar corte de Réver em cruzamento de Gabriel Sara.

Sem Tchê Tchê e Zaracho, isso nem contabilizando os quatro jogadores convocados para a Copa América, Cuca colocou um time num 4-2-3-1, aparente. Mas, na prática, Allan recuava no meio, Jair fazia tabelinha com Hyoran (mais recuado), e, do outro lado, Keno ficava bem aberto na linha de Hulk. Nacho, como sempre, (e, desta vez, de luto), desfilou sua capacidade de circular por praticamente todas as faixas de campo.

Se não brilhou na armação, o argentino é fundamental na aproximação das linhas, e também na marcação da bola, sufocando a saída de pé em pé dos marcadores. O São Paulo, com baixo brilho ofensivo, principalmente nas partidas ruins de Luciano e Pablo, viu o atacante Hulk, este sim, se destacar. Com fúria para jogar, usando o corpo para proteger a bola e limpar o caminho, o camisa 7 arrancou e produziu o gol da vitória do Galo.

O Atlético tem apenas uma questão a analisar com cuidado. Protagonista de 2020, Keno ainda busca uma sequência de boas atuações. Herói no Paraguai com golaço nos acréscimos contra o Cerro Porteño, o camisa 11 até consegue boas arrancadas, ajuda sem a bola, mas não tem o mesmo desequilíbrio aplicado nas partidas, quando foi artilheiro do Galo na temporada passada.

Seu reserva imediato, Marrony, também não apresenta segurança na decisão de jogadas, ainda que tenha bastante potencial para virar peça chave do esquema. Mas, não neste momento. O Atlético se recupera em casa no Brasileiro, tem vitória importante para a ambição na competição e apresenta segurança defensiva, essencial para o sucesso de qualquer time (e algo que passou longe diante do Fortaleza, na derrota de virada da primeira rodada).

Por Fred Ribeiro – GE