A raiva é uma doença viral grave e fatal que pode ser transmitida por mordidas, arranhões ou lambeduras de animais infectados. No Brasil, a raiva é transmitida principalmente por animais como cães, gatos e morcegos. Enquanto a raiva animal tem sido controlada em grande parte do país por meio da vacinação de cães e gatos, os morcegos, especialmente os hematófagos (que se alimentam de sangue), continuam sendo a principal fonte de transmissão da doença para os seres humanos.
Animais transmissores da raiva:
- Morcegos: são a principal fonte de infecção, especialmente em áreas onde há maior contato com animais silvestres.
- Cães e gatos: animais domésticos não vacinados podem ser transmissores do vírus, caso estejam infectados.
- Outros animais: bovinos, equinos, saguis, raposas, guaxinins e outros mamíferos também podem ser portadores do vírus.
Formas de prevenção:
- Vacinação antirrábica: a vacinação de cães e gatos é a principal medida para evitar a raiva urbana. A vacina deve ser aplicada anualmente, especialmente em áreas com maior risco de contaminação.
- Vacinação antirrábica em animais de produção: é recomendada para bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, equinos, asininos e muares.
- Vacinação obrigatória: em regiões com focos da doença e deve ser feita em animais com idade igual ou superior a três meses. Em animais mais jovens, a vacinação pode ser realizada a critério do médico veterinário.
- Evitar contato com animais silvestres: nunca tente capturar ou entrar em contato com morcegos, saguis, raposas ou outros animais silvestres. Caso veja um morcego vivo ou morto, evite o manuseio.
- Prevenção em áreas residenciais: se encontrar morcegos em casa, evite o contato direto. Procure orientações sobre como lidar com a remoção segura desses animais e isolar o local onde o morcego foi encontrado.
- Higienização imediata: se for mordido, arranhado ou lambido por um animal suspeito de estar com raiva, lave imediatamente o ferimento com água e sabão. Procure atendimento médico imediatamente para avaliação e possível administração de vacina antirrábica.
Tratamento após exposição ao vírus da raiva: Quando há suspeita de exposição ao vírus da raiva, é essencial buscar atendimento médico o mais rápido possível. O tratamento pós-exposição inclui a administração da vacina antirrábica e, em casos mais graves, a aplicação de imunoglobulina antirrábica. A rapidez no tratamento é crucial para prevenir o desenvolvimento da doença, que, se não tratada a tempo, pode ser fatal.
Caso recente em Pernambuco: Recentemente, uma mulher de 56 anos faleceu após ser mordida por um sagui, o que foi o primeiro caso de raiva humana registrado em Pernambuco em oito anos. Esse trágico caso reforça a importância da conscientização sobre os riscos de contato com animais silvestres, como saguis e morcegos, além da necessidade de manter a vacinação antirrábica atualizada, tanto para animais domésticos quanto para a população em geral.
Quer saber mais sobre como prevenir a
raiva?
Leia o folder informativo desenvolvido pelos alunos de
Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera em Divinópolis. Este
trabalho foi coordenado pelo professor Jonas Lopes de Freitas,
Médico Veterinário, Mestre em Saúde Coletiva, professor de
Prevenção e Controle de Doenças Zoonóticas e Epidemiologia
Veterinária, com ampla experiência em protocolo vacinal,
desenvolvimento de vacinas e avicultura. O folder contém
informações detalhadas sobre a prevenção da raiva, cuidados com
animais e orientações de como lidar em situações de risco.
Embora a raiva seja uma doença rara, os casos mais recentes, como o de Pernambuco, nos lembram de como é importante a vigilância e a adoção de medidas preventivas. Manter a vacinação de cães e gatos em dia, evitar o contato com animais silvestres e procurar atendimento médico imediato após uma possível exposição são as melhores formas de prevenção.