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Finanças: Uma ação descontada e que ainda paga bons dividendos

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A Engie Brasil (EGIE3) é uma empresa com portfólio defensivo e diversificado, com alavancagem financeira controlada e apresenta boas perspectivas de dividendos. A nossa recomendação é de compra.

A seguir, confira a análise da companhia.

A empresa

A Engie Brasil é uma das principais empresas de energia elétrica do Brasil, tendo como o seu maior foco de atuação a parte de geração. Controlada pelo grupo europeu Engie, ela é a maior produtora privada de energia do nosso país.

Gráfico apresenta dados sobre setor privado – capacidade instalada própria (GW) – Eletrobras; ENGIE; CTG; Enel; Neoenergia; CPFL; Eneva; AES; EDP; Auren.

Vale destacar que, dentro da parte de geração, a sua maior representatividade é da parte hídrica, mas a empresa vem buscando como estratégia principal o aumento de capacidade e a diversificação da sua matriz energética investindo em fontes renováveis (tais como eólica e solar), diminuindo, assim, a sua dependência das fontes hídricas (mitigando o risco hidrológico).

Além disso, ela também vem diversificando o seu portfólio para outras frentes de atuação no setor, como por exemplo, a transmissão de energia (que é o segmento mais seguro e resiliente do setor elétrico) e a TAG (com a TAG, que é uma ex-subsidiária de Petrobras – a Engie Brasil passou a ser detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do nosso país, com 4.500km).

Por fim, a Engie Brasil também atua na comercialização de energia no mercado livre e está entre as maiores empresas em geração fotovoltaica distribuída, possuindo um portfólio completo em soluções integradas responsáveis pela redução de custos e melhora de infraestrutura para empresas e cidades.

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Em linhas gerais, podemos dizer que a Engie Brasil segue buscando um portfólio cada vez mais robusto e sustentável, alinhado com tendências que já vêm sendo implementadas no seu setor de atuação (política de baixo carbono). Como curiosidade, recentemente, com a assinatura do contrato de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, a companhia se tornou uma geradora 100% renovável.

É importante mencionar que a empresa conta com uma capacidade instalada própria de cerca de 10GW em 68 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade do nosso país.

Gráfico apresenta dados sobre geração de energia – capacidade instalada própria em operação (MW) de 1996 ao 3T22.

Oportunidades e riscos

Como principais oportunidades, vale destacar: i) expansão da geração de fontes eólicas e solares, bem como no mercado no transporte de Gás (ampliando ainda mais a sua posição favorável no mercado de gasodutos), de forma a seguir diversificando o seu negócio; ii) arremate de novos projetos de transmissão nos leilões futuros, inclusive com parcerias, o que eventualmente pode até mudar a política de distribuição de dividendos e iii) comercialização no mercado livre de energia.

Em complemento aos pontos i) e ii), vamos detalhar alguns pontos referentes ao crescimento contratado por parte da empresa (o que é ótimo para a visibilidade de resultados).

  1. Construção do Conjunto Eólico Santo Agostinho (Fase 1), agregando +434MW de capacidade instalada (incremento de aproximadamente +5% de capacidade para a empresa), já contribuindo para o resultado no 1T23.
  2. Implantação do Projeto Eólico Serra do Assuruá, agregando +846MW de capacidade instalada (incremento de aproximadamente +10% de capacidade para a empresa), passando a contribuir para o resultado no 2S24.
  3. Implantação do Projeto de Transmissão Novo Estado Transmissora de Energia, agregando R$ 414,5 de RAP (Receita Anual Permitida), sendo que 49% já está em operação comercial. O prazo limite é 03/2023.
  4. Além de todos esses projetos em construção mencionados nos itens anteriores, a empresa conta com um pipeline de projetos em desenvolvimento (isto é, que ainda não entraram na fase de construção) de aproximadamente 2,6GW, o que representa aproximadamente 32% em relação à capacidade atual da empresa.

Por outro lado, como alguns riscos dessa tese de investimentos, apontamos: i) maior concorrência nos próximos leilões de transmissão, dificultando o arremate de novos projetos a taxas de retorno atrativas, ii) preços de energia de longo prazo abaixo do esperado, iii) déficit hídrico e iv) Capex mais elevado nos projetos em construção.

Postado originalmente por: Nord Research