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Finanças: TASA4: barata demais para ignorar

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Nord Insider

Olá, investidor.

Nesta sexta-feira, 18, o pré-mercado de Nova York opera em queda após rali de três dias. A cautela dos investidores é reforçada pela “quadruple witching” ou bruxaria quádrupla nos EUA, com vencimentos de opções e futuros sobre ações e índices avaliados em US$3,5 trilhões, segundo o Goldman Sachs.

Na agenda econômica, destaques para a divulgação da Pnad Contínua de janeiro, com a taxa de desemprego, e para a segunda prévia de março do IGP-M.

Principais assuntos de hoje:

  • “Prévia do PIB” vem pior do que o esperado;
  • Entenda a valorização do dólar americano;
  • É um bom momento para investir nos EUA?;
  • Recomendação de compra: TASA4;
  • A história da Nestlé.

IBC-Br de janeiro indica ano difícil

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu -0,99 por cento em janeiro em relação a dezembro do ano passado (consenso: -0,17 por cento). O indicador é considerado a “prévia do PIB” porque reflete o resultado de três setores pesquisados pelo IBGE: indústria, serviços e comércio.

De acordo com o analista de renda fixa, Christopher Galvão, o resultado confirmou o início de ano de atividade mais fraca no país, com queda da produção industrial, do varejo ampliado e do setor de serviços. No acumulado em 12 meses, o indicador registrou um avanço de +4,73 por cento.

Gráfico: IBC-Br (mensal) – jan/21 a jan/22.

Entenda o movimento que desafia apostas de queda do dólar

Em 2001, os economistas do Banco Morgan Stanley consagraram o termo “The Dollar Smile” (“sorriso do dólar”, em português) no mercado financeiro.

Basicamente, eles viram que três cenários aconteciam nos Estados Unidos, como explica o analista Leonardo Sousa, da série Nord Deep Value:

#1. Forte crescimento (dólar forte): as moedas também seguem o crescimento econômico dos países. Se os Estados Unidos crescem mais do que as outras regiões, eles acabam atraindo mais capital.

Assim, sua moeda é fortalecida com novos investimentos para aproveitar o mercado aquecido, como ações listadas em bolsa.

#2. Crescimento moderado (dólar fraco): o pior cenário possível para o dólar americano acontece quando o país cresce pouco, levando a uma “fuga” de capital para economias e mercados mais dinâmicos, como os emergentes.

Se outras regiões crescem relativamente mais do que os Estados Unidos, o dólar tende a ficar mais fraco.

#3. Crise Global (dólar forte): uma forte recessão americana pode impactar negativamente as outras economias do mundo.

Além disso, empresas americanas podem ser forçadas a repatriar recursos para pagar compromissos em suas matrizes.

Crises globais, como a guerra que estamos acompanhando entre Rússia e Ucrânia, também forçam investidores a buscar portos-seguros ao redor do mundo, o que tende a favorecer o dólar.

Assim, quando as coisas estão muito boas para os Estados Unidos ou muito mal para o mundo, o dólar sobe. Quando estão mais ou menos, o dólar cai. O gráfico a seguir mostra essa relação:

Fonte: Dahlia Capital

Conclusão

Na visão do nosso analista, a conclusão é que um dos fatores, mas não o único, que afeta o dólar no Brasil é o que acontece com o dólar no mundo e, principalmente, nos EUA.

A crise de 2020 levou o dólar para o lado esquerdo da curva, o que tem se normalizado nos últimos dois anos.

Mas com a guerra nos últimos meses, esse movimento voltou a acontecer… e o dólar voltou a se fortalecer! No Brasil, não temos sentido esse movimento por enquanto devido à alta das commodities e à atração de capital estrangeiro para empresas mais “defensivas”.

Podemos visualizar esse movimento pelo DXY — índice que compara a moeda norte americana com uma cesta de moedas de países desenvolvidos.

Gráfico: DXY.
Fonte: Bloomberg

O que mais é importante saber?


Bolsas americanas em queda: oportunidade de compra?

O índice S&P500 da Bolsa americana cai mais de -8,02 por cento e o Nasdaq cai -14,44 por cento em 2022. E a dúvida que surge é: devo comprar agora?

Diante de incertezas sobre o desdobramento da crise na Ucrânia e uma inflação galopante nos Estados Unidos, Renato Breia, sócio-fundador da Nord Research e consultor CFP® da Nord Wealth, tem conversado com os assinantes se é a hora de comprar ações americanas ou se seria melhor esperar.

Em primeiro lugar, sempre falamos em investir na Bolsa americana, e uma das possibilidades é por meio de ETFs que replicam índices do mercado americano, como o IVVB11.

Por outro lado, a grande exposição das Bolsas americanas ao setor de tecnologia, que hoje representa mais de 33 por cento dos índices, vem sendo um problema em 2022, já que os investidores estão saindo de setores mais sensíveis ao aumento de juros e comprando setores que se beneficiam, como bancos e commodities.

O início do ciclo de aperto monetário

Lá fora, pela primeira vez desde 2018, o Fed elevou a taxa de juros em 25 pontos percentuais, passando para o intervalo entre 0,25 por cento e 0,50 por cento.

O Fed também indicou que as taxas de juros devem atingir um intervalo entre 1,75 por cento e 2 por cento até o final deste ano, o que significaria um aumento de 25 pontos percentuais a cada reunião restante de 2022.

Esse movimento também já era aguardado pelo mercado e até mesmo visto como tardio para alguns economistas, além disso, revela uma estratégia já consolidada pelo FED, ao longo do tempo, de soft-landing (“pouso suave”, em português).

Postado originalmente por: Nord Research