O ano de 2022 foi com certeza desafiador com inflação, juros e riscos de recessão global. No cenário local houve maior volatilidade no segundo semestre devido às eleições; a Selic encerrou o ano em 13,75%, patamar mais alto desde 2016; e os juros futuros apresentaram alta devido ao risco fiscal, impactando negativamente os fundos imobiliários.
Apesar da volatilidade, o Ifix fechou o ano com alta de 2,2%.
Para 2023, o mercado precifica a taxa Selic mais alta por mais tempo, em resposta à política fiscal mais expansionista sacramentada com a PEC da Transição. O risco fiscal também tende a elevar as expectativas de inflação, o que pode levar o Banco Central a rever o futuro da política monetária no Brasil.
A boa notícia é que, mesmo diante desse cenário, surgem oportunidades para os investidores.
Entre os fundos de recebíveis, gostamos do Kinea Securities (KNSC11) por conta do desconto frente à sua cota patrimonial e excelente liquidez.
Dito isso, confira a nossa tese de investimentos.
I. Sobre o Kinea Securities
O Kinea Securities é um fundo imobiliário que busca gerar rendimentos e ganhos de capital a seus cotistas por meio de investimentos tanto em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), quanto em cotas de outros FIIs.
O fundo deu início às suas atividades em outubro de 2020 e é gerido pela renomada Kinea — segunda maior gestora do mercado de FIIs.
Seu patrimônio líquido é de R$ 1,2 bilhão e sua base de cotistas, superior a 80 mil investidores, o que lhe confere uma boa liquidez, de modo que o fundo negociou um volume médio diário equivalente a R$ 4,1 milhões no último trimestre.
A sua taxa de administração é de 1,20% ao ano e o regulamento do fundo não prevê a cobrança de taxa de performance, logo, o seu custo é aceitável para o cotista.
Postado originalmente por: Nord Research