Copiando a Argentina
Para fechar as contas no aumento da gasolina, ontem, o governo federal anunciou um novo imposto de 9,2% na exportação de petróleo.
Resultado: PRIO3 -9%, RRRP3 -7%, RECV3 -6% e PETR4 -3,5%.
Foi anunciado o imposto por 4 meses, mas sabemos que, se implementado, dificilmente o governo abrirá mão dessas receitas.
É uma maneira fácil e popular de conseguir dinheiro, mas é perigosíssima, pois tira a competitividade internacional das empresas brasileiras e reduz o investimento.
É simples: a Argentina tributa exportações, os EUA não.
O Brasil está em declínio.
Surpresa para as grandes petroleiras?
Os novos impostos não foram exatamente uma surpresa, pois foram discutidos ano passado e afetaram significativamente as ações das petroleiras em bolsa.
Com o petróleo valorizado e o governo desesperado por novas fontes de receita, era algo provável a entrar na pauta.
Mas o novo imposto, se for implementado, terá um enorme impacto nos investimentos que as grandes petroleiras fizeram (e farão) no pré-sal.
Shell, TotalEnergies, Equinor (gigantes internacionais) investiram bilhões para explorar campos de petróleo no Brasil, e a conta para essas empresas mudou.
Os lobistas dessas empresas já estão em Brasília e teremos judicialização e briga nas cortes internacionais.
Postado originalmente por: Nord Research