No Brasil, o IPCA-15 de fevereiro – prévia da inflação mensal – avançou 0,76% em comparação a janeiro ante 0,72% do consenso.
Nos chama a atenção a forte alta nos núcleos, bem como os patamares elevados de serviços e difusão.
Nos EUA, o PCE – inflação ao consumidor que é perseguida pelo Fed – também veio mais alto do que as estimativas. O indicador apresentou avanço de 0,6% em janeiro, levemente acima do esperado pelo consenso de mercado, de 0,5%.
O resultado do mês anterior ainda foi revisado para cima, de 0,1% para 0,2%.
O dado é uma má notícia para o Fed, que está procurando sinais de enfraquecimento da atividade e do mercado de trabalho.
O mercado segue preocupado com o ritmo de futuras altas nas taxas de juros americanas diante de sinais de que o consumo não está desacelerando conforme o esperado, em resposta ao aperto monetário.
Cenário macroeconômico
Como já adiantamos, os dados de inflação reforçam que o cenário permanece incerto.
Os bancos centrais precisarão manter os juros elevados por mais tempo diante da necessidade de arrefecimento da economia para o cumprimento das metas de inflação.
No Brasil, a meta de inflação para 2023 é de 3,25% e o limite superior de 4,75%, enquanto os economistas do mercado (Boletim Focus) estimam um IPCA de 5,90%.
Já nos Estados Unidos, a meta é de 2% ao ano e a inflação americana está na casa dos 5%.
Postado originalmente por: Nord Research