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Finanças: PETR4 vale a pena depois de disparar +64,25%? Descubra

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Desde o início desta semana, o noticiário sobre Petrobras (PETR3; PETR4) tem sido bastante movimentado, com anúncio de 11 novas plataformas no pré-sal até 2027, o encerramento de processos de desinvestimento em quatro polos, e possíveis estudos para a recompra da Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), na Bahia.

O desempenho das ações da Petrobras também chama a atenção. No acumulado do ano até o dia 5 de setembro, os papéis da companhia sobem +64,25%.

Ainda há espaço para subir mais ou é hora de embolsar o lucro? Vejamos.

PETR4 melhor do que o esperado

O novo comando da Petrobras tem se mostrado mais pragmático do que inicialmente imaginado. Além disso, a decisão de aumentar os preços dos combustíveis, ocorrida há duas semanas, é um sinal positivo quanto ao compromisso da estatal com a política de preços.

Por mais que tenham sido reduzidas as preocupações sobre interferências políticas, o risco deve ser monitorado, dado o histórico de gestão corporativa.

Defasagem persistente

Outro ponto relevante é a defasagem dos combustíveis. Mesmo com reajustes, os preços praticados pela Petrobras seguem abaixo das cotações internacionais.

Preço da gasolina no Brasil comparado aos preços internacionais
Fonte: Bloomberg

No mercado internacional, os preços do petróleo acumulam alta impulsionada pelas expectativas de que os líderes da OPEP+ vão apertar o mercado com reduções na oferta. A Arábia Saudita e a Rússia anunciaram recentemente cortes na produção, o que fez os preços voltarem a ficar próximos dos US$ 90.

Exploração e produção de petróleo

A Petrobras anunciou na última segunda-feira, 4, a instalação de 11 novas plataformas no pré-sal até 2027.

O anúncio do “novo pré-sal” é positivo, pois vai incrementar a produção da Petrobras em mais de 300 mil barris por dia, passando dos 2,06 milhões atuais para 2,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).

Em um primeiro momento, os números parecem relevantes, mas um crescimento de +17% na produção até 2027 é baixo quando comparamos com a capacidade de crescimento das petroleiras juniors, por exemplo.

Segundo o comunicado, a perspectiva é de que as novas plataformas sejam instaladas em Búzios.

Recompra de refinaria

Diferentemente da estratégia de aumentar as plataformas e a produção, a recompra da Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), na Bahia, também anunciada nesta semana, nos parece um passo para trás em relação ao seu core business (exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas).

Apesar do crescimento da produção com as novas plataformas, os esforços atuais da gestão em aumentar os investimentos em negócios que não são o core business prejudicam a visibilidade para os resultados da estatal.

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Postado originalmente por: Nord Research