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Finanças: De Americanas a Light: grandes marcas com crise financeira em 2023

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O anúncio de cerca de R$ 41,2 bilhões em “inconsistências contábeis” das Lojas Americanas (AMER3) foi o toque da trombeta do Apocalipse no início do ano.

Depois da quebra da varejista, anunciaram recuperação judicial ou renegociação de dívidas as seguintes empresas listadas na B3: Oi (OIBR3), Azul (AZUL4), Light (LIGT3), CVC (CVCB3) e, mais recentemente, Marisa (AMAR3).

Selecionamos abaixo quatro ações com forte queda para comentar os principais acontecimentos recentes.

Americanas (AMER3)

A saga da varejista ganhou um novo capítulo na última sexta-feira, 10, após a empresa conseguir o aval da Justiça para tomar um empréstimo-ponte de até R$ 2 bilhões para manter suas operações.

A Americanas, em recuperação judicial (RJ) desde 19 de janeiro, informou que as debêntures, que terão vencimento de 24 meses, não terão garantias e oferecerão uma taxa de retorno de até 128% do CDI.

A perda de confiança dos consumidores em relação à marca atingiu em cheio o site da Americanas. Dados da consultoria SimilarWeb divulgados pelo Itaú BBA indicam a queda de -57% nos acessos do site do e-commerce entre os dias 11 e 31 de janeiro de 2023.

Na visão da analista Danielle Lopes, a queda no fluxo digital deve ser percebida no primeiro trimestre de 2023 (1T23) com impacto cheio no segundo trimestre do ano (2T23), no entanto, os impactos contábeis e macroeconômicos veremos nos resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22), a serem divulgados.

O mercado, por sua vez, ainda não consegue estimar ao certo o impacto total das inconsistências encontradas, mas é notória a lentidão dos sócios de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, em aportar mais agressivamente no negócio, indicando uma ausência de vontade em seguir participando.

Em paralelo, as negociações com os bancos também caminham lentamente. Para proteger de um eventual calote da Americanas, o Itaú (ITUB4) decidiu provisionar 100% do empréstimo à varejista, enquanto o Santander (BCSA34) provisionou apenas 30% de sua exposição e o Bradesco (BBDC4), que fez o maior empréstimo a Americanas, está considerando provisionar a metade (50%).

Postado originalmente por: Nord Research