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Finanças: A corrida pelos “minerais do futuro”

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Enquanto os investidores acompanham a cotação de commodities, como o petróleo e o minério de ferro, ou se voltam para o ouro como instrumento de proteção contra crises financeiras, a incrível alta dos metais e minerais raros está chamando a atenção do mundo.

Além disso, recebemos a sugestão de tema de um assinante da carteira Nord Absoluto, que nos pediu para explicar como o investidor brasileiro pode investir nos metais básicos.

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O que são metais básicos?

Os metais e minerais raros e estratégicos, como níquel, cobalto, lítio, grafite e cobre, têm um papel importante na transição energética global, a fim de ampliar o número de economias que não dependem apenas de combustíveis fósseis.

Sem os metais básicos não haveria a produção de carros elétricos, equipamentos de energia solar, eólica e eletrizadores, ou veículos espaciais da NASA.

De onde eles vêm?

A maior parte do cobalto no mundo vem da República Democrática do Congo; o níquel, da Indonésia; o lítio, da Austrália; o cobre, do Chile; e terras raras, da China. Destacamos que, no futuro, os países com capacidade de extraí-los ou processá-los terão larga vantagem na transição energética mundial.

O mundo está se preparando para uma economia de baixo carbono

A União Europeia, por exemplo, provavelmente sofrerá graves déficits de lítio, terras raras e outros metais necessários para reduzir as emissões de carbono, de acordo com um estudo da Universidade KU Leuven, Bélgica.

O Brasil, por sua vez, está entre os países emergentes que precisarão investir em metais básicos, necessários para reduzir as emissões de carbono na transição energética.

Já os EUA e a Europa, recentemente, aceleraram seus motores para reduzir sua dependência atual e futura dos países como China e Rússia.

O cenário atual

Com o conflito bilateral no Leste Europeu, os preços das commodities entraram em tendência de alta, impulsionados principalmente pelas sanções impostas pelo Ocidente à Rússia pela invasão na Ucrânia.

A Rússia, um dos grandes exportadores de gás e petróleo, é também o segundo maior exportador mundial de cobalto, o segundo de platina e o terceiro de níquel.

O novo cenário de guerra deixou claro para o mundo que a Rússia é um player importante no comércio mundial. No entanto, há países que podem suprir parte da demanda necessária para acelerar a transição.

Em entrevista à BBC News Mundo, Kwasi Ampofo, chefe de metais e mineração do centro de pesquisa Bloomberg NEF, disse que a China pode ser a maior vencedora na mudança energética caso decida direcionar a produção de metal da Rússia por meio de suas refinarias e depois vendê-la para outros países.

Nesse cenário, Ampofo argumenta que se o Ocidente não avançar mais rápido, corre o risco de perder a corrida.

Postado originalmente por: Nord Research