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Finanças: 10 fundos Multimercado Macro que bateram o CDI em 2023

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Os 10 fundos multimercado macro que bateram o CDI em 2023 são:

Melhores Fundos Multimercados Macro 2023*
Ranking Nome Gestora Data de Início Patrimônio (R$ milhões) Retorno no Ano Prêmio sobre o CDI no Ano
1 Carbon High Frequency Master FI Mult Carbon Asset Management Ltda 31/10/22 30,2 22,79% 210,85% CDI
2 Sparta Ciclico Master FI Mult Sparta 01/04/22 51,0 17,64% 163,14% CDI
3 Rubik Ciclos Master FI Mult Rubik Capital Asset Management Ltda 20/07/22 44,5 16,45% 152,21% CDI
4 Carbon Sistematico Master FI Mult Carbon Asset Management Ltda 16/11/22 23,1 16,36% 151,31% CDI
5 Kinitro Master FI Mult Kinitro Capital Ges de Rec D Terc Ltda 05/08/21 401,8 16,25% 150,32% CDI
6 Pandhora Essencial Master FI Mult Pandhora Investimentos Ltda 23/01/18 88,1 16,10% 148,90% CDI
7 Porto Seguro Macro Master FI Mult Porto Seguro Investimentos Ltda. 28/12/11 264,4 12,69% 117,43% CDI
8 Capstone Macro Master FI Mult Capstone Partners Gestao de Recursos Ltda 31/03/20 8.841,9 12,69% 117,37% CDI
9 AZ Quest Master FI Mult Az Quest Msk Invest Macro e Credi 15/05/09 346,6 12,55% 116,08% CDI
10 Whg RF Dinamico Master FI Mult Wealth High Governance Asset Manag Ltda 31/08/21 474,7 11,67% 107,92% CDI

*Os fundos da lista estão efetivamente disponíveis para os investidores em bancos e corretoras e possuem histórico em 2023 até 25 de outubro, patrimônio líquido acima de R$ 30 milhões e pelo menos 100 cotistas. 

**”Melhores”, neste caso, são os que mais renderam

Diante de perdas expressivas para a maioria dos fundos multimercados Macro, alguns produtos têm entregado retorno positivo.

São produtos que podem adotar diferentes estratégias em altas e baixas de ações, câmbio, commodities e juros, no Brasil e no exterior. 

Um levantamento exclusivo da Nord Investimentos traz os 10 fundos Macro que apresentaram retornos acima do CDI em 2023 até 25 de outubro. Fonte: Bloomberg

Vale ressaltar que os fundos da lista não são recomendados pela Nord Investimentos, uma vez que a escolha por um fundo não envolve somente uma análise de rentabilidade de curto prazo, mas sim diversos fatores como o processo de investimentos do fundo, qualidade da equipe, sistemas de incentivos estruturados para retenção de talentos, e claro que um histórico consistente de resultados. No caso dos multimercados, uma análise de um período de pelo menos três anos.

Como 2023 tem sido para os fundos multimercados

O ano de 2023 tem sido desafiador para os gestores de fundos multimercados. Não é por acaso que a maioria desses fundos rendeu abaixo do CDI no ano, em níveis comparáveis a 2008 (crise financeira) e 2020 (pandemia da Covid-19).

A imagem abaixo mostra o prêmio dos multimercados em relação ao CDI.

Prêmio dos multimercados em relação ao CDI desde 2008.
 Fonte: Bloomberg

É claro que, como investidor, você busca superar o CDI mediante aplicação de seus recursos, e a falta de retornos no curto prazo pode incomodar.

A performance aquém do esperado refletiu em resgates consideráveis na indústria, reflexo da impaciência dos investidores com as gestões.

Por outro lado, é importante enfatizar que muito do resultado dos investimentos vem de uma variável: o tempo. A paciência para as teses se maturarem é um dos grandes fatores de sucesso, por isso é extremamente importante uma análise profunda antes de escolher um fundo. 

Estar com bons gestores que tenham processos sólidos nas escolhas dos ativos aumenta consideravelmente as chances da sua carteira ter uma boa performance no médio e longo prazo, especialmente considerando o cenário de queda de juros na economia doméstica, em que os multimercados costumam ter bons desempenhos no médio prazo.

Relembrando o que houve com os fundos Macro

No primeiro semestre, a abertura dos spreads (diferença entre taxas) de crédito com os eventos da Americanas e Light no início do ano machucou o desempenho dos fundos multimercados ao terem que enfrentar resgates consideráveis. Para fazer frente a esses resgates, os fundos tiveram que ir às vendas de títulos de empresas a preços baixos, pressionando os prêmios para cima e gerando marcação a mercado negativa.

No segundo semestre, tivemos o início do movimento de redução da taxa básica de juros, que passou de +13,75% para +12,25%, combinado com uma desaceleração mais clara da inflação, o que poderia gerar resultados positivos sobre os ativos de risco. 

No entanto, temos sentido os impactos da economia americana, que enfrentou altas relevantes nos juros futuros ao longo das últimas semanas diante do cenário fiscal mais deteriorado e da falta de demanda pelos seus títulos de dívidas (o que pressiona as taxas para cima). Além disso, a economia segue aquecida.

Juros futuros subindo nos EUA pressionam os juros das economias emergentes, incluindo as brasileiras.

Também vale ressaltar o receio sobre o fiscal brasileiro, com uma possível revisão da meta de resultado primário para o próximo ano sendo uma sinalização ruim para o mercado, ajudando nas pressões sobre os juros futuros e, consequentemente, na queda da bolsa.