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Essa mania que temos de adiar as coisas. Foi assim que perdi o elevador da história.

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O elevador do Edifício Ercílio

Duas palavras parecem estar ganhando muito espaço no nosso dia-a-dia, postergar e procrastinar. E isso não é bom. Basicamente, as duas resumem o ato de deixar para depois, para o dia seguinte, decisões que precisamos tomar agora. O resultado disso todos, todos mesmo, sabemos de cor. De alguma maneira, alguma decisão que deixamos de tomar têm consequências no futuro. Algumas mais sérias, outras, não. Mas consequências sempre há.

Como gosto de usar esse espaço no Sistema MPA para falar das coisas de Divinópolis, vou contar algo valioso que perdi justamente por postergar a ida um determinado local fazer uma filmagem. Já há alguns anos estou enrolando na decisão de ir ao Edifício Ercílio, na Rua Goiás, entre Antônio Olímpio de Morais e Vinte e Um de Abril, filmar o elevador do prédio.

Mas por que esse interesse? Simples. Foi o primeiro elevador instalado em Divinópolis, isso décadas atrás. Imagine só o acontecimento que foi na época. Segundo algumas pessoas com a quais conversei, subir e descer de elevador era um evento social. Com o passar do tempo e a chegada de novos prédios, isso virou coisa normal. Mas o primeiro, ah, esse era digno de contar para os amigos. Alguns anos atrás, cheguei a usar o elevador, quando o colega jornalista esportivo Alair Rodrigues morou no Ercílio. Era um elevador revestido de uma madeira marrom brilhante. Tinha a porta de grade, igual aos filmes antigos, e um cheiro característico.

Bem, mas o que o postergar tem a ver com o elevador do Edifício Ercílio? Recentemente, fui até lá para, finalmente, fazer a filmagem e postar aqui. Só que, ao falar com a síndica pelo interfone, fiquei sabendo que o condomínio trocou o velho elevador por um novo, moderno. Do antigo, só restam agora as lembranças. Até onde se sabe, não há fotos ou vídeos.  Uma pena.

Por isso, se algo lhe é importante faça agora, fale agora, registre agora, compre agora, coma agora, vista agora, viaje agora, filme agora, telefone agora… amanhã talvez não seja mais possível.