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Finanças: Compre muita Movida

Como não gostar de locadoras?

Vale a pena repetir.

As grandes locadoras de carros Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3) vêm roubando mercado das pequenas empresas.

As 3 companhias crescem suas frotas (números de carros) a passos larguíssimos e vêm tomando o mercado dos pequenos, sem precisar reduzir suas margens.

As vantagens competitivas de escala são enormes: preço do carro e custo de capital fazem os ganhadores do setor.

E as 3 grandes compram carros com, aproximadamente, -30 por cento de desconto e conseguem captar dinheiro a preços muito menores.

Só, e tudo isso, permite que as grandes cresçam em cima das pequenas.

E mais, o mercado de locação tem tudo para se expandir rapidamente com a economia crescendo.

Se estava bom para as grandes na crise. Será ainda melhor após.

Ebitda +31 por cento

Movida (MOVI3) veio com um resultado maravilhoso na noite de ontem, confira comigo:

Expansão de +30 por cento na frota, receita líquida +57 por cento, Ebitda +31 por cento e lucro +4 por cento.

Maravilhosa.

O lucro não acompanhou por um ganho, não recorrente de PIS/Cofins, que elevou os lucros no 2T18.

Ebitda (azul) e Lucro (verde). Fonte: Bloomberg.

Os gráficos de resultados da companhia merecem ser enquadrados e pendurados na parede.

Mas, nem toda a trajetória de Movida, na bolsa, foram flores.

O pesadelo: Os seminovos

O grande problema dos IPOs (início da negociação em bolsa) é a discrepância de informações.

Quando a empresa abre capital, temos poucas informações sobre a companhia.

Basicamente, toda a informação passada aos investidores é cuidadosamente trabalhada pela companhia e pelos bancos emissores.

E, as companhias tendem a fazer previsões maravilhosas para seus negócios que não se tornam realidade.

Foi o caso de Movida.

A companhia abriu capital no início de 2017 prometendo uma avenida de crescimento.

E ela não estava enganada.

A companhia, para reduzir seus custos na compra de carros, encheu seus pátios de Renault Clio e Hyundai – todos novinhos e branquinhos.

E, claro, quando a companhia precisou vender os carros, o preço que Movida conseguia em uma quantidade inimaginável de carros iguais não era dos melhores.

Resultado: um 2018 de resultados problemáticos e ceticismo do mercado.

MOVI3. Fonte: Bloomberg.

Movida entendeu, a duras penas, que a compra dos carros é importantíssima para o negócio.

Uma nova esperança

Movida tem problemas pequenos. E vantagens competitivas enormes.

E, como vemos no gráfico abaixo, Movida aprendeu com seus erros e mostrou a que veio.

Fonte: Movida.

O gráfico acima é, em minha humilde opinião, o mais importante da bolsa. Todas as empresas deveriam divulgar o gráfico para seus negócios.

Basicamente, a linha laranja (e a roxa) são as rentabilidades da companhia. A roxa é a rentabilidade do acionista e a laranja de todo o capital (acionista + credor). E a linha cinza representa o custo de dívida da companhia.

Ou seja, quanto maior a diferença entre as linhas, mais rentável é a Movida.

E Movida vem provando que consegue crescer e se manter ALTAMENTE rentável.

O Grande, Excelentíssimo, Magnânimo Preço

Passados seus problemas, Movida é só alegria.

Movida representa nosso sonho de consumo na bolsa.

Crescimento sólido e preço baixo. É o que Peter Lynch (o maior gestor de fundos mútuos da história) chamaria de crescimento a um preço razoável.

Mesmo com Ebitda crescendo +31 por cento ao ano, Movida ainda negocia a módicos 10x Ebitda.

Preço baixo, visibilidade de resultados e forte crescimento é tudo que o ANTI-Trader mais gosta.

Compre Movida.

Em observância à ICVM 598, declaro que as recomendações constantes no presente relatório de análise refletem única e exclusivamente minhas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

Postado originalmente por: Nord Research