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Caminhada “Todos Contra Pedofilia” reúne centenas de pessoas em Divinópolis

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O projeto existe há quinze anos e após dois anos, a caminhada foi retomada na cidade. Em uma manhã de muito frio, estudantes, população e autoridades do município percorreram as principais ruas da cidade para levantar a bandeira “Todos Contra a Pedofilia”. Para o promotor da infância e juventude, essa caminhada serve para reforçar sobre a importância de prestar atenção no dia a dia das crianças e sempre denunciar.

Historicamente, crianças e adolescentes sempre foram os que mais padeceram em razão do cometimento de atos de violência. Em virtude de ainda não se constituírem como seres prontos, mas ocuparem o estado especial de pessoas em desenvolvimento, que corpórea e psiquicamente estão se desenhando, sempre estiveram em condição de maior vulnerabilidade. E durante quase dois mil anos da história recente do homem sobre a terra, a lei desconsiderou essa condição, não oferecendo a esse público mecanismos de proteção mais eficazes por meio dos quais sua vulnerabilidade pudesse ser superada, ainda que parcialmente.

Se, em razão da edição de diplomas normativos relevantíssimos como a Declaração Universal dos Direitos da Criança, adotada pela ONU em 1959, a Constituição da República Brasileira, em 1988, e o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, os tempos da ausência de proteção jurídica já vão longe, atos de violência continuam a vitimar crianças e adolescentes. Mas, se todos os atos de violência contra o público infanto-juvenil merecem ser rechaçados e punidos ainda com mais vigor do que os demais, com mais razão merecerão sê-lo os de natureza sexual em todas as suas espécies, englobando-se o abuso, a exploração e também o assédio exercido, geralmente por um adulto, por meio da internet, por ora designado apenas pelo termo inglês grooming.

A violência de caráter sexual é a mais abjeta, pois submete a criança a um conjunto de relações e sentimentos para os quais ela não está preparada, podendo marcá-la indelevelmente em seus outros contatos com o mundo. Mais do que um imperativo jurídico, há o imperativo ético que nos incita a diligenciarmos todos no sentido de evitar que nossas crianças e adolescentes sejam submetidos a constrangimento tal. Contudo, para defendê-las da melhor forma, é preciso que conheçamos o fenômeno. Informação precisa é o primeiro passo. E este é o objetivo da presente cartilha: colaborar com esse primeiro passo.