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Após mentira sobre estupro, motorista de aplicativo quer retratação da mulher que o acusou

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Uma mensagem compartilhada nas redes sociais levou o caos para um motorista de aplicativo. Ele foi acusado por uma mulher de ter estuprado a filha dela na última terça-feira (9). Mas logo depois, a mulher voltou atrás e disse que não tinha ocorrido o crime – isso depois que a mensagem tinha circulado por vários grupos de mensagens.

Até que ponto, uma mensagem compartilhada na internet, pode prejudicar a vida de uma pessoa? No caso do Ahmed, custou o próprio emprego. Natural da Túnisia, país do norte da África, ele chegou ao Brasil há cerca de cinco anos. Há pelo menos seis meses trabalhava como motorista de aplicativo até divulgarem nas redes sociais que ele teria cometido um abuso sexual. No dia nove de agosto, às 15h30, o motorista buscou a passageira no bairro Niterói.

Nas mensagens divulgadas nas redes sociais, uma mulher acusou o Ahmed de ter desviado a rota e levado a filha dela até um lote vago na região do bairro Icaraí. Nos áudios que circulam na internet a mulher afirma que o motorista teria circulado mais de 40 minutos com a jovem antes de retornar ao bairro Niterói. Fato que contradiz o histórico de viagens do aplicativo. Pelo mapa é possível ver que o carro circulou apenas pelo bairro Niterói e o centro. O tempo total da corrida foi de 29 minutos e 56 segundos.

O Ahmed é casado e é o único que trabalhava em casa. Com receio de represálias, ela não tem saído de casa e viu a vida mudar, pra pior, nos últimos dias. Este advogada especialista na área criminal explica somente o estado tem o poder investigar. Nem mesmo se houvesse o mínimo de indício de autoria e materialidade.

Desde 2018 existe no Brasil a lei geral de proteção de dados pessoais, a LGPD. A lei traz fundamentos como o respeito à privacidade, à liberdade de expressão, à inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem. Quem divulga mensagens na internet de maneira caluniosa pode enfrentar consequências. E ao contrário do que muita gente pensa, a internet não é terra sem lei.