Depois de Governador Valadares agora é a cidade de Sete Lagoas que retoma as obras do hospital regional. Os representantes do governo de minas detalharam para gestores e prefeitos de mais de 30 municípios da região o plano para retomar as obras da unidade. A visita do secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, e o subsecretário de estado de saúde, André dos Anjos, às obras inacabadas do hospital regional de Sete Lagoas marca a apresentação do plano de retomada.
O prefeito de Sete Lagoas Duílio de Castro falou sobre a expectativa da obra nas redes sociais. O diagnóstico que envolve questões técnicas, arquitetônicas e de engenharia civil vai identificar qual a situação real da construção após este período de paralisação das obras. Outras etapas serão a publicação do edital para concorrência de gestão da unidade e, posteriormente, de execução da obra.
A previsão é que a obra seja concluída entre 18 e 24 meses. O investimento vem do termo de reparação assinado com a Vale devido ao rompimento da barragem de Brumadinho. Essa é a segunda obra de hospital que o governo anuncia a retomada. No ano passado o executivo apresentou o plano de construção hospital regional de Governador Valadares.
Localizado na macrorregião de saúde Leste de Minas Gerais, que abrange 86 municípios e uma população estimada de 1,5 milhão de habitantes. O hospital terá 265 leitos, sendo 176 de enfermaria, 39 de urgência e emergência e 50 leitos de UTI, além de nove salas de cirurgia. Durante entrevista ao programa Bom dia Divinópolis o governador Romeu Zema, explicou porque em Divinópolis a obra ainda está parada. Segundo ele é preciso vencer a burocracia do estado antes.
Uma das burocracias citadas pelo estado é a doação do terreno. Com a doação o estado pretende licitar a obra para que a execução seja feita pelo Governo de Minas. Segundo a prefeitura para reiniciar as obras o estado exige além da doação do terreno, a assinatura de uma confissão de dívida. As obras relativas ao hospital regional foram decorrentes de um convênio firmado em 2013.
Durante a execução desse segundo convênio, entre os anos de 2013 e 2016, foram apontadas pelo estado, através da secretaria de estado de saúde, gestora do convênio, irregularidade na execução das obras, motivando, assim, a reprovação da prestação de contas e apontando uma dívida de R$ 9.847.275,56. Porém agora o montante atualizado é de R$ 13.643.400,29. Apesar de não concordar o prefeito disse que vai assinar a confissão de dívida.
Na tarde desta quarta-feira, 23 o prefeito Gleidson Azevedo encaminhou para o protocolo na Câmara Municipal de vereadores, o projeto de lei, que objetiva a doação do terreno onde está sendo construído o hospital público regional de Divinópolis, ao governo do estado de Minas Gerais, que garante a exigência do estado para conclusão das obras. Esta negociação, quitará a dívida superior a R$ 13 milhões, de gestões anteriores com o estado. O executivo aguarda agora, a aprovação do projeto pela câmara municipal. A expectativa é que o trâmite seja rápido já que a matéria foi apresentada em “regime de urgência”.