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PF finaliza contagem de quase R$ 15,3 milhões em dinheiro vivo apreendidos em ação contra fraudes com bitcoins

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Dinheiro encontrado na casa de Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin Foto Divulgação

Dinheiro encontrado na casa de Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin Foto Divulgação

A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira a contagem de dinheiro apreendido na operação Kryptos. De acordo com a  PF, a contabilização dos valores apreendidos em moeda estrangeira, após conversão, apresentou um montante de aproximadamente R$ 1,3 milhão em espécie totalizando os valores confiscados, em dinheiro vivo, no âmbito de toda a ação, em cerca de R$ 15,3 milhões.

As apreensões feitas pela PF nesta quarta-feira, na Operação Kryptos, dão a dimensão do esquema de pirâmide financeira investigado no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, o alvo era uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Os agentes recolheram 21 carros de luxo, 591 bitcoins – equivalente a R$ 147 milhões na cotação atual.

De acordo com a PF, Glaidson, de 38 anos, movimentou mais de R$ 2 bilhões na GAS Consultoria. Trata-se de uma mudança brusca no padrão de vida do suspeito. Segundo um registro do Ministério do Trabalho, em 2014 ele recebia cerca de R$ 800 mensais com emprego de garçom na Orla Bardot, em Búzios, na Região dos Lagos (RJ).

Glaidson é casado com a venezuelana Mirelis Díaz Zerpa e ostenta carros de luxo. O empresário, entretanto, evita aparecer em público e não é afeito a redes sociais.

De acordo com a investigação, a empresa de Glaidson, com sede na Região dos Lagos, é responsável pela operacionalização de um sistema de pirâmides financeiras ou “esquemas de ponzi”, calcado na efetiva oferta pública de contrato de investimento, sem prévio registro junto aos órgãos regulatórios, vinculado à especulação no mercado de criptomoedas, com a previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido.

Glaidson (à esquerda) e Cláudio José de Oliveira, o 'Rei do Bitcoin': os dois são alvo de acusações semelhantes Foto: Fotos de reprodução
Glaidson (à esquerda) e Cláudio José de Oliveira, o ‘Rei do Bitcoin’: os dois são alvo de acusações semelhantes Foto: Fotos de reprodução

Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses, diz a PF. Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins, mas os investigadores afirmam que a GAS nem sequer reaplicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente os investidores.

Após a prisão de Glaidson, a GAS Consultoria enviou um comunicado para os investigadores. A empresa afirmou que “os pagamentos serão feitos normalmente” e que “os advogados estão atuando” para soltar o empresário. Ainda de acordo com a nota, enviada a um grupo de WhatsApp, os funcionários pediram para que os clientes tenham “serenidade” e finalizam dizendo que eles estão trabalhando para “honrar os compromissos assumidos”.