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Mulher faz ‘varal solidário’ e deixa roupas para quem precisa

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Ana Velasco, moradora de São Paulo, passou em frente a uma escola no fim de 2019 e viu um cartaz escrito “doações” com algumas roupas estendidas em frente. O fato acabou deixando marcas nela, que decidiu fazer algo parecido. Mas, como morava num apartamento, não conseguia realizar a mesma ação.

Num fim de semana, em janeiro de 2020, Ana foi almoçar na casa de sua sogra, no extremo da Zona Sul paulistana, e, na conversa, a mulher contou para ela que em sua rua muita gente passava de porta em porta pedindo doações.

Nesse momento, Ana resolveu colocar sua antiga ideia em ação, pois agora não lhe faltava mais o local. A partir daí, todo sábado ela estende um varal na calçada com roupas disponíveis para quem quiser pegar.

A jornalista contou que revirou seu armário em busca de roupas para fazer a ação solidária e comentou sobre isso com amigos e familiares. Logo depois, ela publicou sua ideia nas redes sociais e viralizou, recebendo diversas doações de roupas (femininas, masculinas e infantis), sapatos, lençol, cobertor, toalhas, itens de higiene pessoal e brinquedos.

Em uma cartolina branca com caneta colorida, ela escreveu “Varal Solidário – Se precisar, pegue”. Porém, logo no primeiro dia choveu e o cartaz molhou por inteiro. Depois de entrar em contato com uma gráfica, e que acabou conhecendo seu projeto social, ela resolveu fazer dois banners feitos de lona. A gráfica acabou contribuindo com os cartazes para ajudar na campanha. “Agora, caso chova, eu só tenho que correr para tirar a roupa do varal”, diz Ana, brincando.

Aos poucos, as doações não estavam mais cabendo em sua casa, de modo que ela precisou usar a casa da sogra e de seus pais para acomodar tudo o que estavam mandando para ela. “As pessoas já estão deixando algumas doações no pé da árvore onde fica o varal, todo mundo ajuda, é muito gratificante”, comenta ela.

“Eu não inspeciono ou controlo quem pega, às vezes fico olhando, até mesmo para repor algo se falta. Vejo pessoas passando e vendo as jaquetas ou as calças e elas pegam uma unidade e vestem. Você percebe que pegam o que precisam mesmo, com calma, é muito bonito de ver, pegam uma toalha e todo resto continua exposto, me deixa orgulhosa.”

Agora, ela está doando também alimentos não-perecíveis e livros. Ana disse que coloca um monte de livros e vê as pessoas passando, pegando um e sentando na calçada para lere.

“Eu espero servir de inspiração para outras pessoas, meu sonho seria que em cada praça, em cada bairro, tivesse um varal desses ou outro projeto solidário para ajudar as pessoas que mais precisam”, finaliza Ana.

 

Fonte: R7