O ex-vereador Jadir Chanel (Cidadania), que atuou em Nova Serrana, foi denunciado ao Ministério Público após fazer discurso considerado discriminatório, durante sua fala na tribuna da Câmara do Município. Na ocasião, o ex-parlamentar sugeriu que professores homossexuais da educação infantil na rede de ensino do município do Centro-Oeste de Minas fossem substituídos por profissionais heterossexuais. A justificativa dada por ele é de que as crianças poderiam se inspirar nos ‘trejeitos’, dos professores.
Dizendo “zelar pelas crianças”, a declaração de Jadir Chanel gerou reações de repúdio ao parlamentar e sua proposta. O vereador Vitor Costa (PT/Divinópolis), em vídeo divulgado nas redes sociais, informou que protocolou uma denúncia ao Ministério Público para apurar o discurso do ex-vereador de Nova Serrana.
A Prefeitura do Município em questão também se posicionou contra Jadir Chanel, argumentando que suas palavras foram “infundadas, preconceituosas e discriminatórias”, e completou, dizendo que “não há qualquer embasamento científico que sustente tais afirmações, além de serem manifestações de preconceito e discriminação”.
Denúncias no MP
Dizendo “zelar pelas crianças”, a declaração de Jadir Chanel gerou reações de repúdio ao parlamentar e sua proposta. O vereador Vitor Costa (PT/Divinópolis), em vídeo divulgado nas redes sociais, informou que protocolou uma denúncia ao Ministério Público para apurar o discurso do ex-vereador de Nova Serrana.
A Deputada Lohanna e o Vereador de Nova Serrana Natan Oliveira também formalizaram, nesta quarta-feira (20/02), uma Notícia de Fato junto ao Ministério Público de Minas Gerais para a apuração de possível crime de homofobia. “É inadmissível que, no século XXI, ainda nos deparamos com atitudes tão preconceituosas e discriminatórias. Ninguém, seja qual for sua orientação sexual, deve ser excluído ou discriminado no ambiente escolar”, afirma Lohanna.
Os parlamentares solicitaram ao Ministério Público que apure a autoria e materialidade do possível crime de homofobia, com base na Lei 7.716/89, que trata da discriminação por orientação sexual, entre outros fatores. As declarações em questão configuram um discurso de ódio e atentam contra os direitos fundamentais da comunidade LGBTQIA+.