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Receita Estadual investiga sonegação milionária no comércio de medicamentos na região

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A Receita Estadual de Minas Gerais deu sequência, na manhã desta quarta-feira (9/11), à operação “Assepsia”, de combate à sonegação fiscal na comercialização de medicamentos. Buscas e apreensões em três empresas do setor, localizadas nos municípios de Contagem, Formiga e Pará de Minas, foram realizadas. As investigações preliminares apontam que o montante de ICMS sonegado ultrapassa R$ 10 milhões.

O processo de investigação do esquema pelo Fisco teve início por meio dos sistemas de inteligência analítica da Receita Estadual, que geraram alertas de indícios da prática de irregularidades a partir de uma farmácia situada em Formiga.

A emissão de documentos fiscais por aquele estabelecimento se mostrava incompatível com o seu porte, seja em volume, valor ou perfil dos destinatários das mercadorias, e apontava para a possibilidade de que ali estaria o ponto de partida de um complexo esquema de sonegação fiscal envolvendo medicamentos.

Há suspeita de que diversas empresas se valiam do esquema, desde grandes atacadistas do setor até importantes varejistas de medicamentos em todo o estado de Minas Gerais. DIVULGAÇÃO/SEC. FAZENDA/ASCOM SEGOV

O aprofundamento do trabalho fiscal levou a outros elos na cadeia de sonegação, entre eles dois atacadistas do setor, sendo um de Pará de Minas e outro de Contagem. A fraude identificada consistia na prática de operações simuladas, ou seja, realizadas apenas de forma documental, sem a efetiva circulação das mercadorias, com o objetivo de omitir o imposto devido e encobrir a real transação comercial que destinava produtos para as prateleiras de farmácias e drogarias em todo o estado.

Há suspeita de que diversas empresas se valiam do esquema, desde grandes atacadistas do setor até importantes varejistas de medicamentos em todo o estado de Minas Gerais.

Expectativa 

A operação deflagrada nesta quarta-feira, após mais de seis meses de investigação do Fisco, busca reunir mais provas para a adequada quantificação do valor total sonegado, além de buscar elementos que possam confirmar o conhecimento e a participação na fraude de outras empresas do setor, fornecedoras e clientes do esquema. Todos os envolvidos poderão ser responsabilizados e levados a reparar os cofres públicos pela sonegação.

Paralelamente à fraude fiscal, serão apurados pelas autoridades competentes possíveis crimes contra a saúde pública, como empresas estarem comercializando medicamentos sem autorização sanitária para funcionar, adulteração de embalagens e vendas de medicamentos vencidos.
A operação “Assepsia” conta com a participação de 20 servidores da Receita Estadual e tem participação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária Estadual.

O nome da operação é uma alusão ao conjunto de meios para impedir a entrada de germes patogênicos no organismo e prevenir infecções, neste caso, no combate à sonegação fiscal no segmento de comercialização de medicamentos, na perspectiva de enfrentamento da concorrência desleal e da prática de crimes contra a ordem tributária.