Durante a entrevista coletiva da Polícia Civil os delegados Dr Flávio Destro e Dr Wesley Castro responderam sobre a prisão da influenciadora digital Emma Spinner. O processo segue agora para a responsabilização de outras pessoas envolvidas, que repassavam informações para a acusada. Esta foi a maior operação de combate a crimes qualificados na internet já registrada na região Centro-Oeste.
Uma operação de grande complexidade envolvendo crimes cometidos pela internet resultou no indiciamento por mais de 50 delitos e envolveu 24 vítimas. A investigação, iniciada após denúncias das vítimas, contou com a participação de 14 escrivães para a coleta de depoimentos e durou de junho até setembro deste ano. Entre os crimes identificados estão extorsões, denunciação caluniosa e crimes raciais, entre outros.
Os delegados explicaram que as redes sociais “não são uma terra sem lei” e ressaltou a gravidade dos atos cometidos. Durante a operação, foram derrubados cinco perfis no Instagram e no Facebook usados para a prática dos crimes.Se somadas as penas mínimas destes crimes seria uma pena que ultrapassa 30 anos.
Com a reincidência dos delitos e o monitoramento contínuo das atividades nas redes sociais, foi solicitada a prisão da acusada. A partir dessa vigilância, foi possível identificar seu retorno ao Brasil, o que levou a um comunicado à Interpol (divisão vermelha) na última segunda-feira. Caso não fosse detida em território nacional, a prisão seria efetuada em qualquer outro país.
A acusada chegou ao Brasil na sexta-feira (13), vinda dos EUA e foi monitorada durante seu reencontro com familiares, garantindo que não deixasse o país.