Por Repórter Hugo Serelo
Um padre de 40 anos, pertencente à Arquidiocese de Belo Horizonte, foi preso ontem à noite em Divinópolis acusado de cometer uma série de confusões.
O fato começou às 20:00, quando uma mulher caminhava pela região do bairro Danilo Passos e foi agredida pelo motorista de um veículo Corolla. De acordo com a agredida, o fato ocorreu sem nenhuma justificativa.
A Polícia Militar chegou ao local e descobriu que o mesmo Corolla havia acabado de se chocar contra o muro de uma residência a poucos metros dali. No local do acidente, o impacto derrubou parte do muro da casa, causando sérios prejuízos ao morador.
O motorista, de 40 anos, apresentava sinais de embriaguez e descontrole emocional. Com forte odor etílico, o homem desacatou policiais militares e deu trabalho para ser imobilizado e preso.
Conduzido à UPA, no bairro Ponte Funda, o elemento ofendeu diversos trabalhadores da saúde. Seus impropérios não pouparam funcionários administrativos, técnicos, enfermeiros e médicos. O homem precisou receber medicação para se tranquilizar.
O autor se apresentou como padre da Igreja Católica, e se recusou a realizar o teste do bafômetro.
Conduzido à delegacia acusado de lesão corporal, ameaça, desacato, desobediência e embriaguez ao volante, o homem praticou novas ameaças contra os componentes da Polícia Civil.
Ao permanecer nas dependências das celas aguardando sua vez de prestar depoimento, o cidadão tentou se debater contra as grades, causando tumulto no local.
O padre prestou depoimento e foi liberado após o pagamento de fiança.
Até o momento, o líder religioso não se pronunciou oficialmente sobre o fato.
Pela nova lei de abuso de autoridade idealizada pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), as autoridades estão proibidas de revelar nomes de autores e acusados.
De acordo com fiéis, as iniciais do padre são G.M.
Posicionamento da Arquidiocese de Belo Horizonte
“A Arquidiocese de Belo Horizonte, informada sobre o ocorrido, acompanha os desdobramentos dos trabalhos conduzidos pelas autoridades competentes, em sintonia com a aplicação das medidas legais cabíveis. Respeitando as complexidades deste tempo singular, que impõe limites para o encontro e diálogo, adotará as medidas adequadas à situação, incluídas as devidas providências e penalidades jurídico-canônicas, com incondicional respeito à dignidade humana, à privacidade dos envolvidos e partindo sempre do princípio de que o sacerdócio é serviço à sociedade, dedicação à Igreja, a partir de genuíno testemunho da fé, requerendo conduta compatível com a responsabilidade assumida.”