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Números mostram a retomada econômica de Minas Gerais

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Maior produtor de café do País, Minas Gerais superou os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e colheu uma safra de café com alta qualidade e 36,3% superior a 2019. Ao todo, o Estado atingiu 33,46 milhões de sacas beneficiadas. Minas é responsável por 54,3% da produção nacional do grão, estimada em 61,62 milhões de sacas.

De acordo com os dados do Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg/Senai/Inaes/Sindicatos), com base nos dados até novembro, para 2020, o VBP foi estimado em R$100 bilhões, com crescimento de 21,9% frente ao ano passado. A agricultura se destacou com a movimentação de R$59,9 bilhões, valor 30,1% maior. A pecuária movimentou R$40,06 bilhões e registrou aumento de 11,4%, na comparação com 2019. Mesmo com a pandemia, as exportações cresceram. De janeiro a outubro, os embarques do agronegócio de Minas movimentaram US$7,16 bilhões, variação positiva de 9,2% em valor frente a igual período de 2019. O volume embarcado chegou a 11 milhões de toneladas, 27,4% a mais. As exportações do agronegócio representaram 34% das exportações totais do Estado.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) apresentou queda de 1,3 ponto em dezembro na comparação com novembro (63,9 pontos), atingindo 62,6 pontos. Trata-se do primeiro recuo em oito meses. Em relação a igual período do ano passado (64,5 pontos), a retração foi de 1,9 ponto. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) na sexta-feira (18).

Em novembro, segundo os dados divulgados pela Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), em Minas Gerais, a venda dos automóveis apresentou variação positiva de 0,6% frente a outubro. Também foi registrada elevação, de 9,8%, na comparação com novembro de 2019. Apesar dos resultados positivos, houve queda de 11,7% no acumulado no ano em relação a igual intervalo de 2019.

Em outubro, a negociação de combustíveis no Estado somou 1,35 milhão de metros cúbicos, volume 3,84% superior ao registrado em setembro, que foi de 1,3 milhão de metros cúbicos. Os dados foram publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar da recuperação gradual dos volumes comercializados, no acumulado de janeiro a outubro, ainda é registrada retração de 5,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O setor de serviços em Minas Gerais apresentou, em outubro, um avanço de 0,6% em relação a setembro deste ano, segundo informativo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outubro foi o sexto mês consecutivo de alta no setor de serviços do Estado, porém, nos últimos 12 meses, a variação negativa foi de 6,3%. Em comparação com outubro de 2019, os resultados por atividades em Minas Gerais apresentaram variações negativas em quatro das cinco atividades investigadas. Apenas a atividade de serviço de informação e comunicação apresentou resultado positivo, com um ganho de 0,8%.Mesmo assim, essa atividade acumula perdas desde o início do ano. 

Após cinco meses de crescimento, o volume de vendas do comércio varejista de Minas Gerais recuou 0,3% em outubro, na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. Segundo a pesquisa da CDL-BH, é esperado que as vendas de Natal movimentem R$ 3,26 bilhões na capital mineira, valor relativamente próximo do registrado em 2019, que foi de R$ 3,32 bilhões.

No que tange contratações temporárias comuns nessa época do ano, desde o início da retomada gradativa das atividades econômicas, tais contratações vêm sendo retomadas e com projeções maiores que em 2019: a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) estima que as vagas temporárias cheguem a 900 mil de julho a dezembro de 2020, enquanto no ano passado o número ficou em 800 mil.

As pesquisas realizadas pelo Sindicato do Comércio Lojista de Belo Horizonte (Sindilojas BH) e a Associação de Lojistas de Shopping Centers (Aloshopping), apontaram que a Black Friday deste ano foi ruim para a maioria dos lojistas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre os comerciantes entrevistados pela Aloshopping, 90% reportaram queda nas vendas em comparação com 2019. Para 19,4% as vendas caíram de 41% a 50% A confiança de serviços no Brasil registrou sua segunda queda consecutiva em novembro devido à piora nas expectativas para os próximos meses, disse ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando “um caminho longo pela frente” para a recuperação do setor. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,1 pontos em novembro, a 85,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S), que mede a percepção sobre o futuro do setor de serviços, recuou 4,4 pontos em novembro, a 91,3 pontos, sua segunda queda consecutiva.

Segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), 29,5% dos empresários mineiros acreditam que as vendas no Natal deste ano serão melhores do que as do ano anterior. Em 2019, essa parcela era bem maior, de 53,7%. Para 35,2% dos empresários, as vendas de Natal em 2020 serão inferiores às de 2019. A pandemia é apontada por 65,9% dos entrevistados como a principal causa da redução das vendas. Já para 9,8%, o desemprego é o fator que prejudicará as vendas neste fim de ano. Ainda segundo a pesquisa feita pela Fecomércio-MG, 57,2% dos lojistas acreditam que os consumidores devem fazer suas compras às vésperas do Natal, apenas na segunda quinzena de dezembro.

Nacionalmente, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 4,1% em novembro e alcançou 108 pontos, permanecendo no patamar de otimismo (acima de 100 pontos) pelo segundo mês consecutivo. No comparativo anual, houve queda de 11,9%. O indicador segue se recuperando após a mínima histórica em junho, mas a taxa de variação mensal é a menor registrada desde agosto. A confiança do comércio ainda está 20 pontos abaixo do nível pré-pandemia.

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciaram a destinação de 30 milhões de euros para auxiliar micro, pequenas e médias empresas a superar os desafios causados pela Covid-19. Apenas o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o mais importante para os cofres públicos, totalizou R$ 4,4 bilhões no mês de agosto, com aumento de 4,7% em relação a julho (R$ 4,2 bilhões). Na comparação com igual época de 2019 (R$ 4,2 bilhões) a alta foi a mesma. De janeiro a agosto, a arrecadação do ICMS no Estado somou R$ 32 bilhões, o que respondeu por 78% da arrecadação total para o intervalo neste ano.

Quando considerado o acumulado dos oito primeiros meses de 2020 em relação a igual período de 2019, a queda do volume de serviços em Minas Gerais chegou a -8,7%. No Brasil foi de -9%. Mesmo com essa queda no total o setor de serviços em Minas Gerais continua se recuperando mês a mês dos impactos causados pela pandemia de Covid-19 e em agosto apresentou mais um avanço, neste caso, de 5,8% frente a julho de 2020, na série com ajuste sazonal. No mesmo tipo de comparação, a média brasileira subiu 2,9%. Os resultados por atividades em Minas Gerais frente a agosto de 2019 apontaram variações negativas do volume de serviços em três das cinco atividades investigadas: serviços prestados às famílias (-38,4%), serviço de informação e comunicação (-8,7%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-4,5%).

Segundo, o Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), a estimativa é de cerca de 5% de queda nas vendas do setor devido ao Covid-19. Diante do atual quadro, a estimativa é de que, em média, as padarias tenham recuperado somente 20% do que perderam até agora. Segundo Pesquisa Indicadores Industriais de Minas Gerais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) revela que a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria mineira apresentou um crescimento de 2,3 pontos percentuais passando de 77,7% em julho para 80% em agosto. Embora tenha sido verificado incremento, a UCI permaneceu inferior ao da média histórica (82,6%). No acumulado do ano, a UCI é de 77,2% e no acumulado de 2019 de 79,8%. Os resultados do estudo mostram ainda que na comparação entre agosto deste ano com igual período de 2019, o avanço do faturamento da indústria foi de 6,7%.