O governador Romeu Zema, disse na quarta-feira (30/3), que vai vetar as emendas que dão, a três categorias do funcionalismo público, reajuste salarial superior aos 10,06% ofertados por ele. A declaração foi dada pouco mais de uma hora após os deputados aprovarem texto com mecanismos que crescem a recomposição dos vencimentos aos profissionais da saúde, da educação e da segurança.
“Como
já disse antes, o reajuste de 10% para todos os servidores de Minas
é o limite que a situação do Estado permite no momento. Qualquer
valor acima será vetado pois não temos como pagar. Entre ser
responsável com o futuro ou voltar ao desequilíbrio do passado,
sigo na primeira”, escreveu o governador, no Twitter.
O
texto aprovado pelos deputados estaduais concede, além dos 10%
originais, aumento adicional de 14% aos agentes policiais.
Trabalhadores
da saúde também são contemplados com outros 14%.
Aos
educadores da rede estadual de ensino, o texto aprovado em segundo
turno na Assembleia Legislativa garante, fora o reajuste original,
o cumprimento do piso nacional do magistério, que determina
majoração de 33,24%. Zema
tem até o dia 5 de abril para conceder o aumento de 10,06%,
conforme versa a legislação. Em anos eleitorais, reajustes só podem
ser dados antes dos 180 dias que precedem a eleição.
O
veto dele aos reajustes complementares, no entanto, vai retornar ao
Parlamento, que tem a prerrogativa de anular a decisão do
governador.
Deputados
estaduais favoráveis aos aumentos extras já previam a reação de
Zema e confiam que será possível derrubar os vetos. Eles se fiam no
fato de 50 dos 77 parlamentares terem votado favoravelmente ao
texto aprovado nesta quarta.