O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG), após extensiva fiscalização da saúde em cidades do estado mineiro, encontrou irregularidades em diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais das cidades averiguadas.
Dentre elas, o TCE afirmou, em matéria vinculada em seu site oficial, que, “na UPA Padre Roberto Cordeiro Martins, em Divinópolis, pacientes eram atendidos em macas pelos corredores da unidade”. Com isso, a diretoria da UPA de Divinópolis se manifestou, confirmando a visita à unidade feita pelo TCE, no dia 6 de novembro, e fazendo algumas observações a respeito da matéria.
Em nota, a diretoria informou que o ponto mais sensível presente na UPA é “a presença de pacientes “em observação” nos corredores, que acontece de forma recorrente”. No entanto, afirma que a superlotação deve-se, em partes, ao sistema SusFácil, responsável por transferências e vagas hospitalares. Confira abaixo a nota na íntegra.
NOTA DIRETORIA DA UPA DIVINÓPOLIS
“Foram apresentados todos os documentos solicitados pelas auditoras com relação às questões assistenciais dos pacientes. Na auditoria foi visto desde a escala de profissionais (conferido nominalmente a presença e o registro de ponto de cada um), até validade de extintor de incêndio, contratos de prestadores de serviços e fornecedores, bem como todos os protocolos assistenciais exigidos pela legislação.
Atendemos 100% do que nos solicitaram com a conformidade de toda documentação e processos. O ponto mais sensível que percebemos na UPA é sem dúvidas a presença de pacientes “em observação” nos corredores, que acontece de forma recorrente. A administração da UPA tem trabalhado dioturnamente com a SEMUSA na criação de novos espaços internos para garantir um melhor acolhimento destes pacientes.
Há de se ressaltar que mantemos a vigilância e assistência para esses e todos os pacientes da UPA. A permanência de diversos pacientes acima de 24 horas na Unidade aguardando vaga hospitalar, não é responsabilidade da UPA ou do Município de Divinópolis, e sim, da Central Estadual de Regulação (SUSfácil). Se todos os pacientes que aguardam vaga hospitalar fossem encaminhados em 24 horas, não teríamos nenhum dia de superlotação e nenhum paciente em corredor.
Cabe a nós fazermos o melhor para todos que buscam atendimento. Essa questão foi repassada às auditoras e pedimos ajuda ao TCE-MG para que nos ajudem a encontrar as vagas necessárias para transferir os pacientes.”, explica José Marcio Zanardi, secretário executivo do CIS-URG Oeste.
Na oportunidade, os diretores vêm esclarecer que não receberam nenhum relatório ou feedback após a visita das auditoras. Ao término da inspeção, apenas foram informados que, caso fosse necessário, posteriormente o Tribunal entraria em contato para as considerações. Destacam ainda que não foram contactados por nenhum veículo de comunicação de Divinópolis e região a respeito do caso, portanto a informação divulgada que não haveria pronunciamento da UPA sobre a visita, não procede.”