Caminhoneiros prometem greve geral
Os tanqueiros podem ficar parados até que o governo federal tome medidas concretas. E melhore as condições de trabalho dos profissionais. De acordo com o presidente do Sindicato Das Empresas Transportadoras De Combustível e Derivados De Petróleo do Estado de São Paulo (Sinditanque-SP), Sandro Gonçalves, a situação se agravou ainda mais. Porque faz tempo que a categoria ameaça paralisar. “Porém, agora estamos trabalhando no limite. E somos cobrados a tomar alguma atitude. Não dá mais para ficar só na ameaça”.
Presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, informou que a categoria só não vai aderir à greve desta semana, se o governo, federal ou do Estado, der algum retorno. Ou seja, negociar com a classe até amanhã. Segundo Irani, como não há uma liderança nacional. Por isso, a classe têm que se apoiar.
De mesmo modo, confirmou a adesão, o Sindicato Das Empresas Transportadoras De Combustível e Derivados De Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sinditanque-ES). Por meio do presidente, José Alves de Oliveira Júnior. Outras categorias de caminhoneiros de todo País também ameaçam parar. Nesse sentido, há uma greve marcada para o dia 1º de novembro. Conforme os sindicalistas, a decisão foi tomada no sábado (16). Em encontro no Rio de Janeiro com representantes de pelo menos 21 Estados.
Pauta de reivindicações
Além disso, representantes de sindicatos de vários municípios também participaram. A principal pauta foi a revisão da política de preço dos combustíveis atribuída à Petrobras e conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI). “A situação está insustentável”, diz o diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Armando Romero.
Segundo ele, já há motoristas autônomos que não conseguem trabalhar. De acordo com o sindicalista, os valores pagos pelo frete, outro tema discutido na reunião, não acompanham a alta do combustível. ?A conta não fecha?, afirma.
Além da revisão do piso mínimo de frete, os caminhoneiros também querem a volta da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição. Bem como a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro. Conforme a Lei do Documento de Transporte Eletrônico (PL 2574/2021). Entre outras medidas, a categoria pede que haja melhorias nos pontos de parada para descanso nas rodovias.