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Servidores municipais de Divinópolis vão paralisar as atividades na próxima semana

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Sindicalistas fizeram ato hoje no quarteirão fechado da Rua São Paulo para explicar à população os motivos da paralisação (Fotos: Pollyanna Martins)

Sindicalistas fizeram ato hoje no quarteirão fechado da Rua São Paulo para explicar à população os motivos da paralisação (Fotos: Pollyanna Martins)

Os servidores públicos municipais de Divinópolis vão paralisar as atividades na próxima terça-feira, 8 de fevereiro, em protesto contra a decisão do Executivo, que se negou a atender reivindicações da classe contidas na pauta da campanha salarial desse ano. A paralisação de um dia é o primeiro movimento aprovado na assembleia da categoria realizada no dia 31 de janeiro.

Na ocasião, os servidores votaram a contraproposta de revisão salarial apresentada pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC), que ofereceu 5% na folha de fevereiro, mais 4,63% a partir de junho. Posteriormente o prefeito antecipou a segunda parcela para maio. Os servidores reivindicam 15,5% de reposição, sendo 9,63% referente ao índice de 2022, mais 5,87% correspondente à recomposição de 2021.

Além de propor o parcelamento da revisão desse ano, o prefeito também se negou a pagar a revisão de 2021. Gleidson Azevedo deu ainda por encerradas as negociações, mesmo após a recusa de sua contraproposta pelos servidores. Em ofício encaminhado aos sindicatos representantes da categoria, o prefeito disse que a proposta do Executivo não seria alterada e se negou a receber os sindicalistas para uma nova rodada de negociação.

Em todo o processo da campanha salarial, que começou após assembleia no dia 13 de dezembro do ano passado, o prefeito e a vice-prefeita Janete Aparecida, receberam os sindicatos e a Comissão de negociação dos servidores uma única vez. O encontro foi realizado no dia 25 de janeiro, ocasião em que foi apresentada a contraproposta do Executivo.

A decisão antidemocrática, antisindical e truculenta, do prefeito de se negar a receber os sindicatos para uma segunda rodada de negociação, aumentou ainda mais a indignação dos servidores, cujas perdas salariais nas três últimas administrações está na casa dos 20%.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, afirmou que os sindicalistas sempre estiveram abertos para o diálogo. “Nossa intenção era manter o diálogo em alto nível, buscando o entendimento para evitar maiores prejuízos aos servidores. Sabemos da dificuldade que é conversar com esse governo. Desde que assumiu a Prefeitura, essa administração vem sendo carrasca com os servidores. São denúncias de assédio moral, truculência e um verdadeiro clima de hostilidade, que partem principalmente do gabinete da vice-prefeita e de alguns ocupantes do primeiro escalão. Sabíamos que haveria dificuldades, mas acreditávamos que após um ano de governo, essa administração já tivesse mais amadurecida para entender que tudo se resolve no diálogo, porém, mais uma vez, percebemos que nada mudou”, declarou a presidente.

EXEMPLOS

Os exemplos de desrespeito aos servidores se amontoam na Prefeitura. Os de maior gravidade são lembrados pelo vice-presidente do Sintram, Wellington  Silva.  “Em junho do ano passado, o prefeito atacou publicamente os representantes do Sintram e servidores durante uma manifestação pacífica em frente o Centro Administrativo, quando ali estávamos em defesa dos direitos dos servidores. Em julho, o exemplo clássico do desmando, quando o prefeito desautorizou publicamente um agente de trânsito, que estava orientando um motorista que estava estacionado em local proibido. Aquilo foi um absurdo, um ataque brutal a todos os servidores, pois além de ofender o agente, o prefeito ainda incitou o servidor a cometer o crime de prevaricação. São situações como essas, aliadas ao mentiroso discurso deste governo de valorização dos servidores, que estão transformando a Prefeitura numa verdadeira panela de pressão”, disse o vice-presidente.

A paralisação geral marcada para a próxima terça-feira, dia 8, é o primeiro movimento aprovado pela assembleia dos servidores contra a recusa do prefeito em atender as reivindicações da categoria. A presidente do Sintram assegurou que toda a pauta de manifestações aprovadas pelo servidores será cumprida, mesmo após o prefeito ter encerrado as negociações. “Ao encerrar as negociações, o prefeito claramente desafiou os servidores. A paralisação de terça é o começo dos manifestos contra o Executivo e toda a pauta aprovada pela assembleia do dia 31 será cumprida, mesmo o prefeito tendo encerrado unilateralmente as negociações”, finalizou a presidente.

O Sintram e o Sintemmd, sindicato que representa os trabalhadores da educação municipal, enviaram notificação conjunta à Prefeitura, nessa quinta-feira, 3, informando sobre a paralisação geral dos servidores marcada para o próximo dia 8.

De acordo com a presidente do Sintram, a paralisação foi preparada com muito cuidado para que os serviços essenciais continuem sendo prestados sem nenhum prejuízo à população. No caso da Saúde, por exemplo, os servidores participarão da paralisação no contra-turno, ou seja, quem trabalha de manhã estará no movimento no período da tarde, e vice-versa.

“Pensamos com cuidado essa paralisação, pois a população não pode ser prejudicada. Por isso os serviços essenciais estarão funcionando e o cidadão poderá obter sua prestação de serviços a qualquer hora do dia. Afinal, a população é tão vítima desse governo quanto os servidores”, declarou Luciana Santos.

Os sindicatos realizaram um ato público na manhã desta sexta-feira (4) no quarteirão fechado da Rua São Paulo. Representantes do Sintram e do Sintemmd distribuíram panfletos à população explicando a atual situação dos servidores públicos municipais, e a importância do trabalho prestado pela categoria à sociedade. O ato foi uma prestação de contas ao cidadão, que precisa saber o que levou os servidores a endurecer as atitudes contra o Executivo.