Uma reunião realizada na Câmara Municipal entre vereadores e representantes do Consórcio Transoeste terminou sem avanços na negociação para o fim da greve dos motoristas do transporte coletivo. A tentativa dos parlamentares de convencer a empresa a melhorar a proposta de reajuste salarial não surtiu efeito, e o representante do consórcio afirmou que o departamento jurídico acionou o Ministério Público, aguardando uma decisão. Dessa forma, a empresa levará a questão ao dissídio coletivo.
Os trabalhadores, por sua vez, reafirmam que, caso a proposta não atinja um índice satisfatório, não retomarão as atividades. Atualmente, todos os 107 motoristas da Trancid, maior empresa do consórcio, estão paralisados e aderiram à greve. Com isso, todas as empresas que compõem o Consórcio Transoeste estão com os serviços suspensos.
De acordo com o sindicato da categoria, a greve é espontânea, cabendo à entidade apenas apoiar os trabalhadores em suas reivindicações. Já os representantes das empresas alegam que, na última sexta-feira, houve um compromisso de suspensão da paralisação, mediado pela prefeitura, que atua como poder concedente do serviço. No entanto, os trabalhadores discordaram da suspensão e mantiveram a greve.
O impasse permanece, afetando milhares de passageiros que dependem do transporte coletivo na cidade. Moradores do Cacôco tiveram de andar 3km para conseguir um ônibus do transporte intermunicipal. Enquanto isso, a população segue sem previsão para a normalização do serviço, aguardando um desfecho para as negociações entre os motoristas e o Consórcio Transoeste.