Os quatro homens presos por extorsão e ameaça na Prefeitura de Divinópolis nesta terça (23), queriam repasses da Lei Paulo Gustavo, de incentivo à Cultura.
De acordo com o jornalista Lucas Ragazzi, do site “O Fator”, o grupo de lobistas já estava sendo investigado pela Polícia Federal no ano passado. Na época, as cidades estavam em fase de cadastro junto ao Governo Federal para captar os recursos.
A quadrilha teria intermediado uma verba de R$ 2 milhões do Ministério da Cultura. Quando o dinheiro chegasse ao Município, o grupo teria pedido para que a Prefeitura abrisse uma licitação “de fachada” na qual a empresa dos investigados ganharia, ficando com R$ 1 milhão, isto é, metade do recurso.
Atualmente, o caso está em segredo de Justiça. Informações apontam que dois homens são de Divinópolis e outros dois acusados são da cidade de São Paulo.
Prefeitura de Divinópolis não abriu licitação para beneficiar grupo
A verba, no entanto, beneficiou os artistas locais que realizaram cadastro junto a Secretaria de Cultura. Por conta disso, a Prefeitura não abriu nenhuma licitação. Os investigados se exaltaram contra os servidores da pasta, exigindo uma reunião no Centro Administrativo, localizado no bairro Belvedere.
Após receber ameaças de morte, o próprio servidor vítima de extorsão acionou a Polícia Federal. Os quatro homens foram presos em flagrante e estão na sede da PF em Divinópolis. A corporação continuará investigando o caso com depoimentos dos acusados.
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