A Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis, está no centro de uma polêmica relacionada às reformas recentes. A questão mais debatida é sobre as pinturas do teto, feitas em 1998 por Benedito Calambal, a pedido do então bispo Dom José Belvino. As obras, feitas em óleo, retratam o céu e adornam o interior da igreja desde então. A Diocese de Divinópolis, no entanto, não se manifestou sobre possíveis alterações nessas pinturas ou nos vitrais, o que tem gerado preocupação entre os fiéis e a comunidade.
A história da catedral é marcada por destruições e reconstruções. Desde 1760, quando os primeiros moradores se estabeleceram na região, já havia uma capela dedicada a São Francisco de Paula e ao Divino Espírito Santo. O terreno foi oficialmente doado ao Bispado de Mariana em 1770. Ao longo dos anos, houve disputas sobre a qual vila a capela pertencia – Pitangui ou Itapecerica –, com Pitangui inicialmente vencendo a contenda, mas, no século XIX, o arraial foi transferido para Itapecerica, até se tornar município independente.
A catedral original foi destruída por incêndios em duas ocasiões, sendo a primeira em 1830. Após a segunda destruição, um novo templo foi erguido e posteriormente demolido para dar lugar à atual Catedral Diocesana. A diocese afirma ter encontrado um documento assinado pelo primeiro bispo de Divinópolis, Dom Cristiano Portela de Araújo Pena, que foi também o pároco da catedral. O documento, que está em fase de preparação para ser apresentado à população, sugere mudanças estruturais no prédio, possivelmente indicando reformas futuras.
Outra questão pendente é sobre a estátua de Cristo, retirada do altar. Ela foi colocada durante a administração do então pároco Padre José Carlos, hoje arcebispo de Montes Claros. Até o momento, a diocese não confirmou se haverá retorno dessa imagem ao altar.