Moradores da zona rural de Divinópolis têm vivido um verdadeiro caos desde o dia 4 de novembro, quando mudanças inesperadas no transporte público entraram em vigor. As alterações, anunciadas em pleno feriado de Finados, no dia 2 de novembro, começaram a valer apenas dois dias depois, pegando a população de surpresa e sem o prazo mínimo de 30 dias de aviso.
Entre as mudanças mais críticas está a retirada de horários importantes, como o da linha Costas via Quilombo e Choro pela manhã, além da linha das 17h de Divinópolis para o Choro e a alteração no itinerário das 19h, que deixou de atender a Siderúrgica e o Quilombo. Anteriormente, o horário das 17h para Cachoeirinha também havia sido cortado, e houve uma tentativa frustrada de incorporar a linha 91 na linha 51, gerando ainda mais confusão e insatisfação.
Essas mudanças têm deixado a população desassistida, forçando passageiros a se aglomerarem nos poucos ônibus disponíveis, especialmente na linha Divinópolis a Costas via Choro e Quilombo. A superlotação é evidente, gerando desconforto e colocando em risco a segurança dos usuários.
Diante da insatisfação popular, uma reunião foi realizada nos Lopes, com a presença de representantes da Secretaria de Trânsito, Transportes e Segurança Pública (Settrans) de Divinópolis. Na ocasião, houve a promessa de que os horários seriam retomados ao modelo anterior ao dia 4 de novembro. No entanto, segundo os moradores, essas promessas ainda não foram cumpridas integralmente.
O horário das 17h, que atende ao Choro, não foi restabelecido, assim como o atendimento à Cachoeirinha. O itinerário das 19h permanece encurtado, deixando de passar pela Siderúrgica e pelo Quilombo, o que tem gerado reclamações constantes dos usuários que dependem desses serviços para chegar ao trabalho e retornar para casa.
Em contato com a empresa responsável pelo transporte, Braulino, o encarregado informou que as alterações obedecem a determinações da Settrans. A Secretaria de Trânsito, por sua vez, afirmou ter notificado a empresa para retomar os horários anteriores ao dia 4 de novembro. Contudo, até o momento, não houve implementação prática dessas orientações, e os passageiros continuam enfrentando transtornos diários.
A principal reivindicação da população é simples: o retorno dos horários de ônibus que atendiam adequadamente à demanda, especialmente nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde. Os usuários destacam que, antes das mudanças, o atendimento era eficiente, com um fluxo maior de ônibus que conseguia absorver o volume de passageiros. Agora, com a redução nos horários e trajetos, a superlotação tornou-se a regra, impactando negativamente a qualidade de vida de quem depende do transporte público.
A situação segue sem resolução definitiva, enquanto moradores e passageiros aguardam que a Settrans e a empresa Braulino cumpram as promessas feitas e regularizem o atendimento nas linhas afetadas.